por Esquerda Socialista, seção da UIT-QI na Argentina e partido integrante da FIT-U

Uma das novidades da eleição na Argentina foi “a esquerda que se une”, através da Frente de Esquerda – Unidade (FIT-U). Assim anunciaram os principais referentes na conferência de imprensa e no ato final junto com a militância unitária da frente, onde fizeram uso da palavra Nicolás Del Caño e Myriam Bregman (PTS); Romina Del Plá e Gabriel Solano (PO) e Juan Carlos Giordano, Mercedes Trimarchi e Mónica Schlotthauer (Esquerda Socialista).

Todos ressaltaram a excelente eleição em todo o país, superando o que diziam as pesquisas. Foi a melhor eleição nas PASO (eleições primárias) dos últimos anos para a Frente de Esquerda. Conquistamos mais de 1 milhão de votos a nível nacional.

A FIT-Unidade fez uma grande eleição em todo o país. Conquistou 23% em Jujuy; 5,2% na Província de Buenos Aires; 6,2% na Cidade de Buenos Aires (CABA); 4,3% em Córdoba; 9,42% em Chubut; 7,85 em Santa Cruz e 7,87% em Neuquén, citando apenas alguns resultados.

“Com essa eleição, posicionamo-nos para seguir no Congresso e aumentar nossas bancadas operárias e socialistas. Ocorreu uma derrota importante do governo. O essencial é que parte desse descontentamento, que muitos diziam que iria para a direita, na verdade foi capitalizado pela esquerda que se une, através da FIT-Unidade”, afirmou Juan Carlos Giordano, deputado nacional e candidato à reeleição pela Província de Buenos Aires.

Mónica Schlotthauer (deputada nacional e pré-candidata à reeleição), agregou: “Fizemos uma grande eleição com a esquerda que se une e não divide, que canalizou uma parte importante dos votos de protesto de trabalhadoras e trabalhadores que vinham votando no peronismo e que agora votaram em nós, o que fortalece uma alternativa dos trabalhadores para dar as batalhas que virão”.

Mercedes Trimarchi (pré-candidata a legisladora na CABA) destacou o papel da militância da Frente: “Estamos construindo essa Frente há 10 anos. Aqueles e aquelas que nos acompanharam com seu voto nos dão o aval para que lutemos por bancadas para seguir sendo a voz das e dos trabalhadores, das mulheres e das dissidências, da juventude e daqueles e daquelas que defendem o meio ambiente contra o saque e a contaminação”.