ENQUANTO A MAIORIA DO PSOL ESTÁ NA RUA PELO FORA BOLSONARO E SUA POLÍTICA GENOCÍDA E DE FOME, O PREFEITO EDMILSON RODRIGUES PARTICIPA DE UM EVENTO RELIGIOSO COM ESTE MESMO GENOCIDA!

No dia 18 de junho, às vésperas do 2º Ato Nacional contra Bolsonaro e seu genocídio, a militância do PSOL foi surpreendida pela presença do prefeito Edmilson Rodrigues em um evento dos 110 anos da Assembléia de Deus no Pará. Poderia ter sido uma participação normal, assim como participar da Romaria do Círio de Nazaré por exemplo. Mas não nesse caso! Tratava-se de um evento completamente reacionário por sua composição e pela presença do presidente Genocida Bolsonaro e do pastor reacionário Silas Malafaia, além de vereadores, deputados estaduais e federais da bancada evangélica, e o corrupto governador Helder Barbalho. Esse evento foi transmitido para milhares de pessoas através da internet e pelos meios de comunicação, como rádios e TV’s.

A presença do Edmilson Rodrigues neste evento foi um erro sob todos os aspectos e só serviu para desmoralizar o PSOL e sua militância.

Primeiro por uma questão conjuntural. Chegamos à triste marca de 500 mil mortes por Covid-19 no Brasil e tanto a grande imprensa, como os movimentos sociais e partidos de oposição e agora a CPI da Covid-19 no Senado, tem responsabilizado diretamente a política negacionista, genocida do presidente Jair Bolsonaro. O fato de Bolsonaro estar presente neste evento era o principal motivo para que o prefeito de nosso partido não estivesse no mesmo espaço que o presidente genocida.

Segundo, em respeito aos movimentos sociais como LGBTQI+, mulheres, negros, pois aquele evento era uma verdadeira “assembleia de vampiros”, com figuras reacionárias e homofóbicas por natureza, assim como misóginas e racistas, que odeiam tanto homossexuais, quanto as mulheres e negros, a começar pelo chefe-mor Bolsonaro e seus asseclas como Malafaia e a bancada evangélica na Câmara dos Deputados.

Terceiro, por razões extremamente políticas. A vinda do reacionário e fascista Bolsonaro já fazia parte de sua campanha antecipada pela reeleição. Bolsonaro falou por 12 minutos e foi ovacionado pelos presentes. Destes minutos, 11 foram dedicados à expressar sua política contra o distanciamento social, contra a CPI, a dizer que iria indicar um evangélico para o STF e se colocar como um verdadeiro indicado de Deus ao poder, como geralmente fazem os ditadores. No final de sua fala, foi abraçado calorosamente pelo pastor chefe, que chamou Silas Malafaia para rezar para o presidente. Foi claramente um evento político e de palanque para Bolsonaro expressar sua linha política reacionária e negacionista.

E um último grande aspecto é que os movimentos sociais e partidos de esquerda e da oposição realizariam o segundo Ato pelo Fora Bolsonaro no dia seguinte, 19 de junho. No primeiro Ato, em 29 de maio, foram mobilizadas 400 mil pessoas em 200 cidades. Ao invés de estar no mesmo espaço que o genocida Bolsonaro e sua corte reacionária, homofóbica, misógina e racista, Edmilson, como prefeito da única capital dirigida por um partido de esquerda, deveria estar junto com todos os movimentos sociais e partidos ajudando na mobilização para que o povo trabalhador de Belém, a juventude, os pobre e oprimidos de nossa cidade participassem do segundo Ato para colocar o presidente genocida para fora. Isso não aconteceu.

O mais grave é que, uma vez lá e chamado para fazer uso da palavra, Edmilson falou sobre qualquer coisa, menos sobre o principal e que poderia ter atenuado sua presença nesse palanque reacionário: nenhuma palavra contra as 500 mil mortes, nada contra o negacionismo e o genocídio de Bolsonaro, não defendeu a vacina para todos e todas. Uma postura totalmente deslocalizada para um prefeito de esquerda na única capital dirigida pelo PSOL. Perdeu a oportunidade, com toda a imprensa presente, de fazer um chamado público contra o negacionismo e o genocídio e convocar o povo para as ruas no dia seguinte.

Por fim, coroando o erro do dia anterior com outro, Edmilson não se fez presente ao principal evento do movimento de massas em nossa cidade, não compareceu ao segundo Ato Nacional pelo Fora Bolsonaro, num completo desrespeito àqueles que o elegeram, que deram gotas de suor e de sangue para derrota o ultrarreacionário e apadrinhado de Bolsonaro, delegado Eguchi. Infelizmente, Edmilson não pode ouvir os gritos e palavras-de-ordem de indignação dos movimentos sociais contra o presidente genocida porque não se fez presente. Lá estava a maioria do PSOL, lutadores e lutadoras dos mais diversos movimentos.

É por isso que conclamamos toda a militância do PSOL, os movimentos sociais e de esquerda a mudarem essa linha política equivocada, eleitoralista, que acaba escolhendo os espaços errados, ao invés de estar com os que lutam todos os dias contra o negacionismo e o genocida de plantão. É um absurdo que se mantenha um alinhamento com a família Barbalho, a mais corrupta do Estado, que retira direitos dos trabalhadores como fez com a reforma da previdência no Estado. É preciso garantir salário e os direitos que foram retirados dos servidores públicos municipais e não aplicar-lhes uma nova reforma da previdência como fez o Governador Helder Barbalho.

O PSOL TEM LADO EM BELÉM: COM TRABALHADORAS E TRABALHADORES, COM A JUVENTUDE, COM OS LGBTQI E O POVO POBRE

Belém, 22 de junho de 2021.

CST/PSOL

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