O dia 29/05 foi um dia de grandes mobilizações em todos os estados. Milhares de pessoas em mais de 200 cidades lotaram as ruas contra o governo genocida de Bolsonaro e sua política de vírus, fome, bala e ajuste fiscal. Esse ato mostrou a indignação com a situação do país e apontou a necessidade de ocupar as ruas para colocar para fora Bolsonaro e arrancar através da luta vacina, salário e emprego. A força e tamanho dos atos abriu a possibilidade de derrotar o genocida agora.

Os atos do dia 29/05 significaram um primeiro recado muito forte contra o governo e por isso seria um erro parar agora. A próxima data de protesto é o dia 19 de junho. É uma nova oportunidade para mobilizar os trabalhadores e o povo contra Bolsonaro e Mourão. É fundamental continuar ocupando as ruas seguindo o exemplo do povo Colombiano que segue mobilizado contra o governo de Ivan Duque.

Construir a jornada de lutas de 19 de junho

Para fortalecer a construção do dia 19 de junho, as direções sindicais e os partidos e as figuras da oposição não podem se negar a convocar e participar dos atos. A direção majoritária da CUT, por exemplo, apesar de formalmente assinar a convocatória da última manifestação não convocou de verdade o movimento. Do mesmo modo, o ex-presidente Lula nem sequer divulgou o protesto. Isso é um erro e não contribui na luta contra o governo genocida de Bolsonaro. Neste momento não podemos ter uma política vacilante que ajude a extrema direita. Exigimos da direção da UNE, CUT, MTST que se construam efetivamente o dia 19/06 – nova data de atos aprovada unitariamente – e organizem movimentos nos locais de trabalho e moradia.

Propostas alternativas para conseguir salário, vacina e emprego

Com a vacina atrasada, fome crescente e emprego em alta temos que na luta derrotar os ataques de Bolsonaro. Basta de mortes, fome, desemprego, arrocho salarial, privatizações e retirada de direitos. Para atacar essa situação defendemos não pagar a dívida pública que enche os bolsos dos banqueiros e taxar as fortunas dos grandes empresários para investir em empregos, aumento de salários e serviços públicos de qualidade, assim como lutar pela quebra de patentes para ter vacinas para toda a população de forma imediata.

Construir paralisações, operação tartaruga, greves sanitárias nos locais de trabalho

Para concretizar essa política a cúpula das centrais sindicais como CUT e CTB, os partidos de oposição como PT e PCdoB e a direção das frentes e movimentos sociais devem construir o dia 19/06 com paralisações, greves sanitárias, piquetes e ocupações de vias. E nesse caminho construir forças para mais a frente avançar na convocação de uma greve geral do conjunto da classe trabalhadora.

Devemos garantir que a IV Plenária Nacional de Organização das Lutas Populares ocorra através de delegados eleitos em assembleias democráticas em cada sindicato e movimento. Assim, as bases poderiam definir soberanamente os próximos passos de nossa luta.

CST – CORRENTE SOCIALISTA DAS TRABALHADORAS E TRABALHADORES