Unificar estudantes e a classe trabalhadora para defender a UFRJ
Concretizar a assembleia da comunidade universitária votada pelo CONSUNI
A UFRJ está sob ataque do governo genocida de Bolsonaro/Mourão. Essa semana a reitoria da UFRJ informou que o orçamento discricionário aprovado pela Lei Orçamentária para a UFRJ em 2021 é 38% daquele empenhado em 2012, o que, se somado ao bloqueio de 18,4% do orçamento aprovado, como anunciado pelo governo, inviabilizará o funcionamento da Universidade a partir de julho. O corte de verbas é brutal e está diretamente ligado a política econômica a serviço do pagamento da dívida interna e externa aos banqueiros.
Muito além dos números, o desmonte de nossa universidade é visto no incêndio no prédio da reitoria, na tentativa de acabar com vale transporte dos técnicos, no aumento da contaminação de covid-19 nas trabalhadoras terceirizadas, na tentativa de impor a Ebserh em nosso hospital, nos desmonte do ensino-pesquisa-extensão de qualidade, na exclusão de inúmeros alunos no atual formato eletrônico, na sobrecarga de trabalhos para a classe trabalhadora que atua na UFRJ.
Conseguimos aprovar resoluções importantes no Consuni
Nossa representação no Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Consuni/UFRJ) conseguiu aprovar dois importantes encaminhamentos na sua sessão desta quinta-feira, dia 13.
A primeira foi a aprovação, por unanimidade, de uma moção de apoio ao ato encabeçado pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFRJ, com concentração marcada para esta sexta-feira, dia 14, a partir das 17h, em frente ao IFCS, no Centro do Rio. O segundo foi o compromisso assumido pela reitoria da realização de uma assembleia comunitária, onde os quatro segmentos (docentes, discentes, técnicos e terceirizados) poderão opinar e encaminhar sobre os ataques que as universidades em geral, e a UFRJ em particular, vem sofrendo por parte do governo Bolsonaro.
Derrotar o ataque total, não recuar!
E embora o MEC tenha anunciado o desbloqueio de parte destes valores nesta quinta-feira, dia 13/05, a comunidade universitária não pode se iludir e nem se enganar com medidas como essa, pois não se trata de uma questão econômica, mas de um projeto político encabeçado por esse governo, que é de desmantelamento das universidades e de desqualificação da ciência. Não podemos confiar em anúncio de um governo que cada dia faz uma coisa diferente do que havia dito, sempre piorando suas ações e aprofundando o genocídio e a destruição da educação. Temos que derrotar todos os cortes e recuperar as verbas de cortes anteriores. Além do mais, nada garante que a UFRJ fique inviabilizada pois os cortes se mantem e o desmonte já vem de anos anteriores. O fato é que o MEC somente anunciou esse desbloqueio parcial porque começou a sentir a pressão do movimento e o aumento do apoio a manifestação. Então além de novos protestos presenciais, o DCE, SINTUFRJ e ADUFF devem apresentar imediatamente um plano econômico alternativo aos cortes, propondo a taxação das grandes fortunas e o não pagamento da dívida aos banqueiros, para canalizar esses recursos para a educação e saúde, garantindo investimentos nas universidades.
Concretizar a assembleia da comunidade universitária
Neste sentido, os 4 segmentos (docentes, discentes, técnicos e terceirizados) precisam cobrar da reitoria a realização desta assembleia comunitária, garantindo voz e voto a todos os segmentos, pois todos estão sendo penalizados, ora pela pandemia, ora pelos desmandos do governo Bolsonaro.
Comando de mobilização e plano de luta de estudantes e da classe trabalhadora
É o momento de reagir unificadamente, trabalhadores e estudantes. Os 4 segmentos da instituição (docentes, técnicos, estudantes da graduação e pós-graduação e terceirizados e terceirizadas devem estar unidos. Por isso foi um acerto do DCE UFRJ convocar a manifestação do dia 14/05, 17h no IFCS. A força do movimento estudantil foi vista na assembleia estudantil do dia 12/05. Conseguimos marcar uma assembleia do SINTUFRJ onde levaremos essas mesmas propostas. Temos que seguir esse exemplo dos estudantes e nos manifestar: DCE, SINTUFRJ, ADUFRJ, Associações de pós-graduandos e de trabalhadoras e trabalhadores terceirizados tem que conformar um Comando de Mobilização unificado e construir um plano de luta unitário, realizar reuniões setoriais com suas bases, organizar assembleia geral unificadas e debater democraticamente os próximos passos da defesa da UFRJ. Do mesmo modo conformar um Fórum estadual de lutas com sindicatos, associações, diretórios, centros acadêmicos, da UFRJ, UFF, UNIRIO, UFRRJ e demais entidades para organizar a luta em nível estadual. São passos, em nossa opinião, para começar a mudar pra valer nossas universidades e colocá-las a serviço da classe trabalhadora e dos setores populares.
COMBATE sindical UFRJ (CST e independentes)