Trabalhadores da COMLURB seguem a luta por vacinação, reajuste salarial e melhores condições de trabalho
Bruno da Rosa, Gari e militante da CST-PSOL
No dia 6 de abril, trabalhadores/as da COMLURB foram até a porta da prefeitura do Rio cobrar do prefeito Eduardo Paes (DEM) a resposta sobre a campanha salarial da categoria e a vacinação dos que estão no trabalho operacional.
Apesar de não existir dados oficias da COMLURB sobre o número de infectados e mortos na categoria, e a direção do sindicato também não divulgar qualquer dado nesse sentido, é perceptível que o avanço da pandemia tem atingido em cheio a nossa categoria.
Uma estatística divulgada sobre o número de internados e mortos por categoria profissional mostra que a nossa é de longe a mais afetada porque, apesar de ser essencial, ainda não fomos vacinados. É como nos levar para arriscar a vida todos os dias.
Na COMLURBs faltam condições de trabalho mínimas. Em algumas gerências, o encarregado solicita que após o trabalho, o gari deixe a sua luva para outro gari, porque faltam Equipamentos de Proteção Individual.
Sem concurso há muitos anos, a coleta de lixo está sobrecarregada, o que torna o trabalho já difícil numa rotina insuportável. Somado a isso, o loteamento dos cargos de direção para apadrinhados políticos mantém a prática de assédio moral para espalhar medo e dividir a categoria.
Preparar pela base a nossa resposta
Nossa militância na COMLURB, além de denunciar a paralisia da direção do sindicato e exigir que se coloquem à frente da luta, tem insistido em construir atividades pela base. Assim foi o ato marcado na porta da prefeitura, cuja convocatória partiu da comissão de negociação eleita em assembleia.
A atividade, que contou com muito apoio da população, forçou que a prefeitura se apressasse para anunciar a vacinação dos/as garis. Uma importante conquista, porém ainda insuficiente, porque o calendário divulgado vai até a idade de 45 anos para o final de maio e não inclui outros setores da COMLURB como Agentes de Preparo de Alimentos, Vigias e outros setores.
A COMLURB também enviou nota informando que as negociações seguem abertas e que os direitos estão preservados. Porém, não confiaremos nas promessas do prefeito e nem da direção da empresa.
A direção do sindicato precisa convocar assembleia geral para unificar a categoria. Há um clima de insatisfação na base e é preciso canalizar para a luta unificada. Unir a luta pelo reajuste salarial, com a reivindicação por melhores condições de trabalho, concurso e vacinação imediata de todo o setor operacional, além de fazer um chamado a outras categorias para fortalecer nossa mobilização até a vitória.