Jornada Internacional pela quebra de patentes
No dia 14/04 ocorreu jornada internacional pela quebra de patentes e pela vacinação para todos e todas, convocada pela Unidade Internacional de Trabalhadoras e Trabalhadores – Quarta Internacional (UIT-QI). Ocorreram ações através de vídeos, compartilhamentos de cartazes e outras medidas na Argentina, Chile, Bolívia, Brasil, Panamá, Peru, Venezuela, México, Turquia, Estado Espanhol, Republica Dominicana e outros países. O protesto exigia que a Organização Mundial do Comércio (OMC) liberasse as patentes em sua reunião desse mesmo dia.
Na argentina, ocorreu um ato da Frente de Esquerda e dos Trabalhadores – Unidade (FIT-U) na frente da sede da Organização Mundial de Saúde (OMS) onde falaram Juan Carlo Giordano da Esquerda Socialista (UIT-QI), Nicolas Del Caño (PTS), Gabriel Solano (PO) e Vilma Ripoll (MST). No Panamá ocorreu ação presencial junto as trabalhadores de dois Hospitais.
No Brasil, realizamos uma ação simbólica no centro do Rio de Janeiro, na Avenida Rio Branco. Foi distribuída a nota de convocação da jornada, estendida uma faixa e vários cartazes com a participação de professoras, garis, trabalhadores do telemarketing, estudantes, dirigentes do SEPE, SINTUFF, militantes da CST e da juventude Afronte. Falaram Barbara Sinedino e Adriano Dias pela direção nacional da CST, Lais Sathler pela juventude Vamos à luta e Vanessa Monteiro da juventude Afronte.
No dia 15/04, no mercado de São Brás, em Belém, ocorreu a colocação de 350 cruzes em memória dos 350 mil mortos pela Covid e se estendeu uma faixa do SINTSEP-PA com os eixos da jornada: “pela quebra das patentes” e “vacinação geral já”.
Nesse protesto, organizado pela CSP-CONLUTAS, falaram Zila Camarão do Combate Sindical e servidora do Hospital Barros Barreto, João Santiago dirigente do SINTSEP-PA, Ailson Cunha do Sindicato da Construção Civil e Ivan Neves da Adufpa.
A luta tem que continuar, pois a reunião da OMC terminou sem definir absolutamente nada e a pandemia está em seu pior momento no Brasil. Seguimos atuando de um amplo movimento internacional de questionamento as patentes, que é composto por setores como os Médicos Sem Fronteiras, governos da África do Sul e Índia que agrupam um bloco de 99 países, personalidade como o prémio Nobel da Paz Muhammad Yunus, artistas como Sharon Stone. No Brasil propomos uma ampla unidade de ação aos que desejam suspender ou acabar definitivamente com as patentes, como os parlamentares que integram o Projeto de Lei apresentado pelo deputado Padilha, pelo Senador Paim, movimentos que apoiam a licença compulsória como Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Sociedade Brasileira de Bioética (SBB), Conselho Nacional de Saúde (CNS), Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (Abia) e Grupo de Trabalho sobre a propriedade intelectual (GTPI). Somos parte dessa batalha desde nossa localização na CSP-CONLUTAS e no PSOL e alertamos que somente unidos e mobilizados, com ações concretas e protestos de trabalhadores e do povo, poderemos alcançar nosso objetivo.
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Confira as açoes virtuais (1, 2, 3, 4)
Assista ao debate “Quebrar as Patentes, Vacinação Geral Já!”
Barbara Sinedino, Coordenação da CST
No dia 08/04, nós da CST-PSOL realizamos a live “Quebrar as Patentes, Vacinação Geral Já!”, que contou com a participação de Diego Vitello, trabalhador metroviário de SP e dirigente da CST-PSOL, e Juan Carlos Giordano, Deputado Nacional na Argentina pelo Izquierda Socialista e FIT-U e autor do projeto de lei pela Quebra das patentes na Argentina. O projeto está traduzido e divulgado no site da CST: https://www.cstuit.com/home/index.php/2021/04/03/projeto-de-lei-contra-as-patentes-na-argentina/
O debate foi transmitido pelo Facebook com ótima audiência durante toda a atividade. Isso se explica pela grande necessidade de organizar um forte movimento mundial pela quebra das patentes da vacina contra a COVID-19, frente à gravidade da pandemia no mundo e especialmente no Brasil, que segue sendo o epicentro da crise. Diego e Giordano contribuíram muito, desmascarando como os governos e patrões de todo o mundo colocam o lucro das indústrias multinacionais acima da vida da maioria da população.
Diego localizou a importância da quebra das patentes detalhando a situação brasileira, tanto do ponto de vista da crise sanitária quanto da crise econômica e reivindicou a importância de a classe trabalhadora entrar em cena com suas lutas, exigindo suas pautas.
Giordano apresentou também como as experiências históricas socialistas no mundo foram importantes para aplicar outra concepção de saúde que não esteja à serviço do lucro da burguesia, mas ao interesse social da maioria da população, expondo que quebrar as patentes é parte de um programa de lutas fundamentais que possam levar a uma transformação profunda da nossa sociedade.
Quem ainda não assistiu, vale a pena conferir o debate que foi uma aula e está na página da CST no Facebook: https://www.facebook.com/cstpsol/videos/190671319346130