Surge um novo polo de oposição ao Sintect-RJ
Adriano Dias, Coordenação da CST
Nos dias 23,24 e 25 de março ocorreu a eleição para o Sintect-RJ. Três chapas concorreram ao pleito. Chapa 1 (CTB-PCdoB), Chapa 2 (CSP Conlutas, CST-PSOL, PSTU e independentes) e Chapa 3 (CUT-PT). Foi uma eleição longa por conta das suspensões ocasionadas pela tentativa de fraude por parte da Comissão eleitoral e a chapa 1, que a todo momento tentaram dificultar o acesso das outras chapas à lista de votantes e demais informações da eleição.
Eleição no contexto de ataques
A eleição ocorreu no contexto de ataques do governo Bolsonaro e da empresa contra os trabalhadores dos Correios, tais como: trabalho aos domingos, quebra de protocolo de prevenção da COVID-19 e arrocho salarial, ocasionados pela derrota no último acordo coletivo. Mesmo diante desse contexto a única preocupação da chapa 1 era caluniar a oposição e fraudar a eleição. Usando a máquina do sindicato, ainda prometiam churrasco e cerveja. Ganharam a eleição, mas não conseguiram reduzir o descontentamento que parte da categoria tem com essa direção.
A chapa 3 cumpriu uma postura protocolar de oposição. Como no movimento sindical são parte do mesmo projeto da CTB, não conseguiram se afirmar como um polo alternativo. Sua política, centrada na briga pelo aparato e o desgaste por ter sido parte no passado da direção da empresa influenciaram no seu resultado.
Chapa 2 um polo combativo da CSP Conlutas
A chapa 2 fez uma grande eleição apresentando um programa que centrava no tema da privatização, da vacina, salário e condições de trabalho, ao mesmo tempo que combatia as burocracias sindicais. Batalhou para garantir a democracia do processo eleitoral, conseguindo na justiça suspender a eleição. Foi uma chapa atuante que construiu um movimento de luta na categoria. Mesmo com todas as desigualdades do processo conseguiu obter 17,19% dos votos considerando as urnas presenciais, o que do nosso ponto de vista é o que vale, pois, a urna virtual não expressa nenhuma confiabilidade. Conseguimos ganhar em locais centrais como Cidade Nova e Benfica e fortalecemos um polo de oposição na categoria.
Seguir na luta contra a privatização, por vacina e salário
Temos que seguir como um polo da CSP Conlutas para enfrentar os ataques do governo. Nos da CST e do Combate impulsionaremos essa política na Conlutas e estaremos na linha de frente na luta contra a privatização, por salário, resgate dos benefícios e por vacina, construindo uma forte luta contra o governo Bolsonaro e seu projeto de morte.