30 M: Estudantes denunciam o governo genocida.
Juventude Vamos à Luta
No dia 30 de março, as ruas de todo o país amanheceram com faixas, cartazes e até barricadas como parte das atividades da jornada de lutas “Vida, Pão, Vacina e Educação”, convocada por UNE, UBES e ANPG. Segundo a UNE, houve ações em 200 cidades. Essas ações consistiram em pequenos atos, bloqueio de vias e no estender de bandeirões com as pautas da campanha e o #ForaBolsonaroGenocida. Em algumas cidades também houve protestos no dia 31, em descomemoração ao aniversário do golpe militar, como no Rio de Janeiro, onde os estudantes protestaram em frente à antiga sede do DOPS.
A juventude Vamos à Luta foi parte dessa construção, defendendo desde então sua continuidade e a necessidade de um calendário unificado de lutas. A nosso ver, a realização das ações do 30 M provou que é possível mobilizar e que há potencial para irmos além. Para isso, é importante fortalecer a construção pela base dessas datas, uma vez que em várias cidades as ações só foram divulgadas com um dia de antecedência.
Por um abril de lutas em defesa da educação.
O espírito do tsunami da educação continua presente entre os estudantes, e os CA’s, DA’s e ativistas, mesmo com todas as dificuldades de organização durante da pandemia, seguem demostrando disposição para enfrentar o governo. Prova disso foi a significativa Plenária de CA’s e DA’s realizada pela UNE, que, mesmo com os problemas na sua divulgação, contou com mais de 500 participantes e aprovou a construção da jornada de lutas. É preciso ampliar e dar continuidade a esse movimento.
Também é preciso superar a dispersão de datas e construir um calendário unificado, algo que poderia ter sido apontado pela Plenária Nacional da Educação, realizada no dia 31 e que contou com a presença das entidades nacionais dos estudantes e trabalhadores da educação, além das centrais sindicais. A Plenária resultou numa carta contendo importantes pautas, mas que não convoca a novas datas.
Em todo o país, a juventude sofre com o desemprego e a superexploração; os/as que estão nas universidades estão sobrecarregados/as ou excluídos pelo perverso modelo de ensino remoto aplicado; os/as que lá querem ingressar veem esse sonho cada vez mais ameaçado. Para todos nós, a organização e mobilização se apresentam como a única saída para derrotar esses ataques.
É preciso denunciar os cortes, os problemas do ensino remoto, as perseguições e censuras do governo contra estudantes, servidores e cidadãos em geral. Também é preciso lutar para que a retomada das aulas presenciais só ocorra com vacinação e apoiar as greves convocadas pelos professores da rede básica.