Em Porto Alegre, vamos com o PSOL: Fernanda Melchionna prefeita e Karen Santos vereadora!

CST RS


A vida não está fácil para a população pobre e trabalhadora de Porto Alegre. O prefeito Marchezan (PSDB), seguindo a mesma linha dos governos Bolsonaro e Leite, descarrega todo o peso da crise nas costas da população mais necessitada. A pandemia do novo coronavírus evidenciou ainda mais o abandono em que se encontra a cidade: são anos de sucateamento dos serviços públicos, processo agravado na atual gestão tucana.

O prefeito demitiu mais de 1200 trabalhadores do IMESF (Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família). As trabalhadoras terceirizadas de limpeza e cozinha das escolas municipais estão sem receber há 2 meses, sendo que 700 delas foram demitidas e estão sem seguro-desemprego nem acesso ao FGTS há 2 meses. No primeiro ano de seu governo, Marchezan impôs uma nova rotina nas escolas municipais (sem nenhum diálogo com servidores ou com as comunidades escolares), diminuindo o tempo de permanência dos alunos na escola.

Os servidores municipais foram colocados como responsáveis pela crise econômica e, utilizando-se desse discurso, o prefeito retirou uma série de direitos históricos da categoria. No entanto, mantiveram-se os privilégios dos altos cargos, dos vereadores e dos CCs.

O processo eleitoral deste ano começou com reviravoltas e divisões no bloco governista da cidade. Marchezan é alvo de um processo de impeachment, sob justificativa de uso indevido de R$ 3,1 milhões destinados ao investimento em saúde para ações de publicidade. O atual vice-prefeito, Gustavo Paim (Progressistas), rompeu com o governo e concorre em outra chapa. Além disso, o ex-prefeito José Fortunati (PTB) e seu ex-vice, Sebastião Melo (MDB), concorrerão também separadamente.

Nesse contexto de grande fragmentação, onde foram lançadas 13 candidaturas, defendemos Fernanda Melchionna (PSOL) como aquela verdadeiramente comprometida com os trabalhadores e a maioria da população porto-alegrense. Devemos denunciar os candidatos da extrema direita e da direita que, embora não estejam coligados a Marchezan, representam o mesmo projeto do atual governo, como o candidato Valter Nagelstein. Ainda em março, Nagelstein deixou o MDB para se filiar ao PSD, aproveitando a “janela partidária” para trocar de legenda.

É preciso também apontar que outras candidaturas que reivindicam a oposição, como Juliana Brizola (PDT) e Manuela d’Ávila (PCdoB/PT), aplicam medidas muito semelhantes às do governo Bolsonaro onde governam. Durante a pandemia, ignorando recomendações dos especialistas em saúde, flexibilizaram a quarentena nos estados e municípios que comandam, jogando grande parte da população para a exposição ao coronavírus. Nos estados do Nordeste governados por PT e PCdoB, foram implantadas reformas da previdência nos mesmos moldes do projeto aprovado pelo governo federal.

No Congresso, esses partidos votaram a favor de projetos que retiram direitos dos trabalhadores, como a MP 936, que chegou a ter Orlando Silva (PCdoB) como relator. O PDT chegou a votar a favor do projeto que ficou conhecido como a privatização da água. Vários deputados desses partidos também votaram a favor do “perdão” das dívidas milionárias das igrejas.

Nós, da CST, defendemos que o PSOL formasse uma Frente de Esquerda e Socialista com UP, PCB e PSTU para a eleição de Porto Alegre. Saudamos a aliança que conseguiu se concretizar com os dois primeiros partidos (além de outros agrupamentos, como CEDS, A Marighella e UCB) e ao mesmo tempo lamentamos que o PSTU não tenha composto conosco esta frente. Avaliamos que a chapa composta por Fernanda Melchionna e Márcio Chagas apresenta, desde o seu projeto de construção coletiva do programa de governo, um potencial de motivar não só os setores mais mobilizados da nossa cidade, mas o conjunto da população porto-alegrense, no sentido de uma candidatura-movimento.

O PSOL nunca foi governo e sempre se posicionou de forma contrária a projetos que atacassem direitos da classe trabalhadora. Defendemos um governo amparado na mobilização popular, para garantir os direitos daqueles/as que também nunca governaram: a classe trabalhadora, as mulheres, a população negra, as LGBTs. Temos que superar os limites do Orçamento Participativo e impulsionar um governo de novo tipo, onde a classe trabalhadora decida tudo através de assembleias populares, e que cobre as dívidas das grandes empresas sonegadoras e barre as terceirizações, bem como as privatizações. Por isso, para prefeita de Porto Alegre é Fernanda Melchionna 50!

Para o cargo de vereadora, apoiamos Karen Santos: uma professora negra, lutadora e que, atualmente como vereadora, tem colocado seu mandato a serviço das lutas do povo trabalhador. Karen tem uma destacada atuação na defesa dos serviços públicos e dos/as servidores/as municipais e estaduais, pelos direitos das categorias profissionais terceirizadas, contra os ataques dos governos Marchezan, Leite e Bolsonaro. Seu mandato tem sido um megafone das lutas das mulheres e do povo negro, com um trabalho muito enraizado nas comunidades periféricas. Portanto, para vereadora de Porto Alegre é Karen Santos 50555!

 

Vote nas candidaturas do PSOL e lute contra a retirada de direitos!

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