01/07 – Apoiar a Greve do Metrô e o Breque dos Apps
No próximo dia 01 de julho dois importantes movimentos vão ocorrer. A paralisação nacional dos trabalhadores de aplicativos e a greve dos metroviários de São Paulo. Nossa tarefa é apoiar ativamente essas lutas e utilizar essa data como um calendário de luta para ações de solidariedade ou unificação dos vários atos locais que estão ocorrendo.
Em defesa da vida! Por direitos e por salário!
Os trabalhadores de aplicativos vão realizar uma paralisação nacional por aumento na remuneração e melhores condições de trabalho. Como eles mesmo dizem, trabalham com fome entregando comida e estão realizando um serviço essencial em meio à pandemia. Numa atividade no centro do Rio de Janeiro, um desses trabalhadores dizia “às vezes a gente passa uma tarde inteira e pega duas corridas de R$ 5, se fura o pneu da bike ou se a gente tem acidente fica largado”.
Os trabalhadores do metrô de SP, categoria com tradição de luta, definiu pela greve após o governo Doria lançar um brutal ajuste fiscal contra os metroviários. Doria (PSDB) deseja que a categoria pague pela crise e pretende arrancar todas as conquistas do acordo coletivo com uma tacada só. Como dizem os sindicalistas combativos da linha verde do metrô de SP: “Enquanto arriscamos diariamente nossas vidas, Doria quer tirar nosso sustento e de nossas famílias”. A contaminação cresce nessa categoria que não esteve de quarentena e até mesmo um diretor do sindicato faleceu vítima da Covid-19.
Unificar as lutas
Os atos das torcidas e das juventudes negras mostraram um caminho de luta e, embora sem coordenação e unificação, eles continuam a ocorrer. Algumas categorias de trabalhadores também iniciaram esse caminho, lutando por direitos, contra atrasos de salário e contra a contaminação da pandemia. Exemplos são a luta das merendeiras do Rio, a greve do Metrô de BH e dos Rodoviários do RN. A batalha do momento é unificar essas lutas por direitos, por salário, em defesa do Fora Bolsonaro e Mourão e em defesa da vida do povo negro.
Essa é verdadeira tarefa da oposição, dos partidos de esquerda, das centrais sindicais e movimentos populares. E não os comícios virtuais com FHC, o ex-presidente corrupto e ilegítimo Michel Temer, generais ultrarreacionários como Santos Cruz e candidatos da rede Globo como Luciano Huck.
Barrar o acordão que salva a quadrilha bolsonarista e vai impor mais ajuste fiscal
Sem fortes lutas a cúpula da república vai selar um grande acordo nacional, “com o STF e com tudo” para manter seus privilégios e salvar os criminosos da família Bolsonaro. As negociações do presidente com os Ministros da Suprema Corte estão ajudando o corrupto senador Flávio Bolsonaro, o chefe de Queiroz. O acordão da cúpula burguesa envolve ainda o retorno acelerado do ajuste fiscal, visto na votação da privatização do saneamento. Apenas as paralisações e greves dos trabalhadores, combinados aos atos das torcidas e juventude negras, pode barrar esse grande acordo nacional das elites privilegiadas. Por isso a CUT, CTB, Força Sindical, UGT, a UNE, UBES, a FPSM e FBP deveriam organizar um grande dia de paralisações, greves e também atos de rua no dia 1 de julho, junto com os entregadores e os metroviários, para defender direitos, os salários, barrar o acordão e o ajuste fiscal. O sindicalismo combativo da CSP-Conlutas precisa encampar essa batalha, exigindo suspensão do pagamento da dívida e taxação das grandes fortunas para que seja possível garantir recursos para o SUS e renda básica aos desempregados.