Repudiamos a agressão sofrida por enfermeiras durante ato no DF!
Comissão de mulheres da CST
No dia internacional dos Trabalhadores (1a de Maio), um grupo de profissionais da saúde (enfermeiras/os e técnicos) realizaram um ato em Brasília, para reforçar o isolamento social. O ato, no entanto, foi interrompido por um homem vestido de verde e amarelo que filmou e iniciou uma série de agressões verbais contra as trabalhadoras. O homem, identificado como Renan Sena, também agrediu fisicamente a enfermeira Ana Catarine Carneiro, de 31 anos.
Renan é contratado como terceirizado do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MDH), comandado pela ministra Damares Alves. Ele tem sido frequentador assíduo de manifestações antidemocráticas, que pedem o fechamento do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e a volta da ditaduramilitar.
Durante o ato também participou das agressões uma mulher identificada como sendo a empresária Marluce Carvalho de Oliveira Gomes, que já foi vista em outros momentos interagindo com Bolsonaro durante entrevistas no Alvorada. Esse episódio exemplifica a máxima: o gênero nos une, mas a classe nos separa. Marluce em nenhum momento se compadeceu das agressões, inclusive físicas, que Ana Catarine sofreu. Seu objetivo era seguir defendendo e apoiando o Governo miliciano, burguês e pró imperialista de Bolsonaro!
Segundo levantamento do COFEN (Conselho Federal de Enfermagem), a pandemia de Coronavírus já causou o afastamento de mais de 7000 enfermeiras/os, sendo que até agora foram registrados pelo menos 73 óbitos de trabalhadoras/es dessa categoria.
A atual condição das/dos profissionais da saúde está insustentável, e por isso há manifestações em todo país exigindo melhores condições de trabalho, EPIs, contratações, etc. As trabalhadoras da saúde merecem todo respeito e direitos! Nesse momento em que o país enfrenta uma pandemia que já vitimou milhares de pessoas, é absolutamente inadmissível agressões de qualquer tipo contra as categorias que trabalham na saúde! Mais ainda quando todos estados do país tem registrado aumento da violência de gênero, e as mulheres são a maioria das trabalhadoras da saúde no Brasil e no mundo!
Bolsonaro é o responsável por essas agressões! Ele não apenas deu declarações que minimizam os impactos da COVID, como já participou de manifestações que pediam por uma intervenção militar. Seus Ministros e filhos também já deram declarações favoráveis a um novo AI-5 e outras medidas anti-democráticas!
A CST-PSOL repudia veementemente qualquer tipo de agressão aos trabalhadores e trabalhadoras da saúde, bem como execramos as declarações anti-democráticas de Jair Bolsonaro e seu Governo! As trabalhadoras/es da saúde devem ser respeitados e ter seus direitos garantidos!
Fora Bolsonaro e Mourão!