12/05: defender a vida das trabalhadoras da saúde

Dia 12/05 é o dia da enfermagem. Data em que trabalhadores e trabalhadoras da saúde e sindicatos do setor estão organizando protestos de diversas formas. A manifestação da saúde do primeiro de maio no DF e o protesto do HU da USP são exemplos nacionais do que temos de fazer para enfrentar o coronavírus. Os trabalhadores do HUAP, por exemplo, realizam ato no dia 12 para protestar contra o descaso que levou à morte de servidoras do hospital.

Os trabalhadores e as trabalhadoras da saúde são atacados de todas as formas. Sofrem o processo de privatização (via OSs ou a Ebserh), sucateamento e arrocho dos serviços públicos e desmonte do SUS. O estrangulamento das verbas estatais, via EC 95, para garantir o pagamento da divida com os banqueiros. Sofrem com a ausência de direitos trabalhistas de verdade na iniciativa privada, onde ocorrem inúmeros abusos com trabalhadores de hospitais particulares e terceirizados de hospitais públicos.

Bolsonaro, governos estaduais e municipais junto aos empresários querem impor maior flexibilização do isolamento aumentando o risco de contaminação quando o sistema de saúde do país já se encontra em colapso, atestando mais de 10.000 mortes.

Trabalhadores da Saúde protestando no Rio dia 09 de maio, na visita do Ministro da Saúde Teich em hospital na Zona Norte | Foto: Brenno Carvalho

Os trabalhadores e trabalhadoras da saúde agora estão na linha de frente do enfrentamento ao coronavírus sem que o governo federal e os governos estaduais garantam de verdade condições de trabalho, EPIs e equipamentos adequados. Não por acaso vivem o drama da contaminação e as mortes das trabalhadores e trabalhadores da saúde.

É preciso que a CUT e CTB, suas federações e confederações, bem como as demais centrais construam efetivamente o dia 12 nos hospitais e locais de trabalho. Temos de retomar os protestos seguindo o exemplo da Frente Povo Sem Medo que no dia 08/05 realizou uma manifestação em SP cumprindo todas as normas de distanciamento social e sanitárias. A UNE, UBES, ANPG e demais organizações de juventude devem unificar o protesto no dia 12 e unir a indignação estudantil à luta da classe trabalhadora nos Hospitais.

Faixa colocada na passarela da Rocinha | Foto: Gabriel de Paiva


As demais categorias precisam seguir esse exemplo. Os trabalhadores dos Correios, Petroleiros, Metroviários, Garis, Metalúrgicos, podem usar essa data para se manifestar e exigir:

  • Quarentena nacional com salário integral! Licença remunerada para todas as categorias que não são serviços essenciais! EPIs, condições de trabalho e testes massivos para os trabalhadores da saúde!
  • Suspender o pagamento da dívida e investir no SUS, renda mínima aos desempregados!
  • Para conter o coronavírus, derrotar o plano criminoso de Bolsonaro! Pela revogação de todas as medidas contra a classe trabalhadora votadas no Congresso Nacional!

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