Por: Combate sindical

       Exigir quarentena para todos os trabalhadores e trabalhadoras

A pandemia do coronavírus cresce no país, sendo que ainda não atingimos o pico da crise. Bolsonaro continua menosprezando as mortes e o alto número de contaminados, negligenciando o combate a essa grave crise sanitária.

A direção dos Correios, seguindo Bolsonaro, também secundariza a gravidade da situação e continua mantendo os trabalhadores em risco, porque não fornece os equipamentos básicos de proteção. Somente agora anunciou a compra de máscaras, mesmo assim, ainda limitada a uma parcela dos empregados. Por exemplo, os atendentes comerciais estarão fora do primeiro lote de abastecimento.

A morte de dois trabalhadores não muda a política da empresa

Mesmo diante da morte de dois colegas, vitimados pela Covid- 19, e a contaminação de pelo menos 91 empregados, a direção dos correios não muda a sua postura. Manteve o corte dos adicionais, continua pressionando pelo retorno ao trabalho e fica fazendo convites para trabalhar no final de semana nas unidades operacionais. O mundo está passando por uma pandemia e os correios seguem como tivéssemos em tempos normais. É por isso que diante dessa situação não temos dúvida. A negligência do governo e dos coreios ajudou a vitimar esses dois trabalhadores.

Nós da corrente sindical COMBATE defendemos a imediata liberação dos trabalhadores dos correios, com garantia de salários e direitos, mantendo um plano de contingência apenas para as situações emergenciais. Todos os prazos de entregas devem ser revistos, assim como os serviços prestados pela empresa.

As federações devem mudar a sua política

As duas federações (FENTECT-CUT e FINDECT- CTB) são entidades que representam 100 mil trabalhadores e que podem fazer mais que ações jurídicas, pois apesar de corretas, são limitadas porque logo são derrubadas pelo próprio judiciário, cúmplice do governo e dos patrões.

É necessário que as federações mudem a sua política, primeiro dando visibilidade aos problemas dos trabalhadores dos correios através da realização de uma campanha nacional de denúncia sobre o descaso da empresa e segundo preparando uma paralisação na categoria contra a política de morte do governo e dos correios. É preciso coordenar nossa luta com os sindicatos da saúde, com os professores, com os garis, metroviários e principalmente com os petroleiros que também são prejudicados pela atuação irresponsável da cúpula da Petrobrás.

Ainda em conjunto com as demais categorias exigir que as centrais sindicais realizem uma campanha nacional em defesa dos trabalhadores, contra a MP 927 e 936 e a redução salarial, por estabilidade no emprego, pelo fornecimento de EPIs e pela imediata suspensão do pagamento da dívida aos banqueiros e a utilização integral de todos os recursos na contenção ao coronavírus e o aumento das verbas das áreas sociais. 

A CUT e a CTB, juntamente com a UNE, devem convocar um novo panelaço nacional e indicar paralisação das atividades em uma data nacional unificada. Não podemos ficar esperando o bom senso do governo e da direção da empresa. Temos que nós organizar e lutar desde agora em cada local de trabalho, exigindo EPIs e o cumprimento integral de todas as normas de segurança legais previstas nas NR’s e na CLT.