Correios: Barrar o corte do adicional
Não bastasse a direção dos correios descumprir as medidas básicas de combate à pandemia do coronavírus, agora resolveu também assediar os trabalhadores, pressionando para o retorno às unidades da empresa e suspendendo as atividades do grupo de empregados que está em teletrabalho. Uma pressão que é feita através do corte dos adicionais AADC, AAG e AAT, que na prática significa redução salarial.
Para piorar a situação a ministra Cristina Peduzzi, presidente do TST, de forma monocrática acolheu parcialmente pedido dos correios e suspendeu liminar que impedia o desconto das parcelas da remuneração relativas ao desempenho dos que estão em trabalho remoto.
Essa postura autoritária da direção dos correios é o retrato do governo Bolsonaro, que além de negar a gravidade da crise do coronavírus, colocando-se contrário ao isolamento social, ainda aplica um brutal ajuste fiscal contra os trabalhadores através das Medidas Provisórias 927 e 936- MPs que reduzem salário. ( https://is.gd/3OMqZh e https://is.gd/MrzkQ6 )
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Toda essa movimentação parte do argumento que os serviços postais são essenciais. O contraditório é que no meio de toda essa crise os correios agora são considerados essenciais. Não era assim até um mês atrás quando Bolsonaro toda semana defendia na mídia a privatização a empresa. ( https://is.gd/V2dpy6 ) .
Não podemos aceitar o corte dos adicionais e nem o assédio para o retorno ao trabalho presencial. O pico da pandemia ainda não chegou e essa semana é fundamental manter o maior número de pessoas em isolamento social.
É urgente que as duas federações (Fentect e Findect) iniciem uma campanha contra o corte dos adicionais e o assédio moral. Fazer uma agitação com os trabalhadores que seguem nos locais de trabalho e com os que estão em teletrabalho. Uma campanha que aproveite as redes sociais para denunciar os absurdos que a direção dos correios vem praticando contra os trabalhadores da empresa.
Em conjunto com essa campanha exigir das centrais sindicais a convocação de uma greve geral, pois muitas categorias seguem trabalhando sem EPI e agora com o risco de redução salarial.
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