Empresários minimizam mortes pelo coronavírus para garantir seus lucros a qualquer custo

CSP CONLUTAS

É impressionante como o capitalismo demonstra, em meio a atual pandemia do coronavírus, que neste sistema a vida vale menos que o lucro de suas empresas. Empresários têm defendido abertamente que é aceitável a morte de milhares de pessoas para a economia “não parar”.

Junior Durski, dono da rede de hamburguerias Madero, sócio de Luciano Huck e apoiador de Bolsonaro, em vídeo, afirmou que paralisações de empresas não se justificam por conta de “5 mil ou 7 mil pessoas que vão morrer (por conta do coronavírus)”.

Luciano Hang, outro empresário apoiador de Bolsonaro, dono da rede de lojas Havan, Sérgio Rial, presidente do banco Santander, e Alexandre Guerra, sócio da rede Girafas, também deram declarações de pouco caso diante da gravidade da pandemia e a contaminação dos trabalhadores.

É a mesma posição do presidente de ultradireita Jair Bolsonaro fez um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV nesta semana defendendo o fim das medidas preventivas e de quarentena ao coronavírus. Nesta quinta-feira (26), inacreditavelmente, o governo lançou a campanha “O Brasil não pode parar” para difundir esse posicionamento absurdo e criminoso.

É hedionda a posição destes canalhas!

Junior Durski, Roberto Justus e Luciano Hang são alguns dos empresários que acham que milhares podem morrer para salvar seus lucros

Confira:

Mesmo com aumento de mortes, Bolsonaro lança campanha publicitária para acabar com quarentena

Posição de Bolsonaro sobre pandemia é criminosa! É preciso, e possível, defender vidas, empregos e direitos

Uma falsa contradição entre a defesa da vida e a economia

Bolsonaro e empresários, de forma totalmente desonesta, falam que a “economia não pode parar”, tentando chantagear os trabalhadores e a população em geral, com ameaça do desemprego. Mas não há contradição em manter o combate ao coronavírus com medidas de isolamento social, como orienta a OMS, e garantir os empregos, salários e direitos.

A recessão econômica, agravada pela pandemia do coronavírus, já é mundial e inevitável. O dever dos governos é garantir a proteção da maioria da população, principalmente dos mais pobres e vulneráveis.

Os recursos públicos devem ser direcionados para a defesa dos empregos e direitos e não para garantir os lucros de banqueiros e grandes empresários como quer fazer o governo Bolsonaro e Mourão. A produção das empresas tem de ser planejada de forma a garantir quarentena para todos os setores que não são essenciais e estratégicos neste momento; e nos setores que são imprescindíveis para o combate à pandemia e para o atendimento da população é preciso um plano, elaborado sob o controle dos trabalhadores, que garanta todas as condições de saúde, segurança e direitos aos envolvidos.

O problema é que Bolsonaro e esses empresários canalhas querem desrespeitar as orientações que estão sendo adotadas em todo o mundo e defendidas por especialistas para garantir seus lucros a qualquer custo, mesmo que isso signifique a morte de milhões de pessoas.

No discurso falam que a economia não pode parar como se fosse para defender empregos, mas seja Bolsonaro, seja estes empresários, todos eles, na prática, defendem as medidas que vem sendo aplicadas pelo governo, como as reformas e MPs (medidas provisórias), que estão aumentando o desemprego, a informalidade, a retirada de direitos e redução de salários.

Assim é o capitalismo: ganância pelo lucro, desprezo pela vida dos trabalhadores. Uma monstruosidade. Por isso, a saída para a humanidade é a construção de uma nova sociedade baseada no socialismo, sem exploradores, sem explorados.

 

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