Bolsonaro não respeita os trabalhadores dos Correios. Suspensão do serviço já!
Apesar da liberação de uma parte dos trabalhadores dos Correios que se enquadravam em determinadas situações (gestantes lactantes e grupos de risco, pessoas com 60 anos ou mais e pessoas imunodeficientes ou com doenças preexistentes crônicas ou graves, ou empregados que residam com gestantes, lactantes e grupos de risco), muitos empregados ainda continuam nos locais de trabalho, sendo que em algumas unidades sem condições básicas de saúde e segurança.
Sabemos também que existem casos de dificuldade de liberação de empregados, por parte de gerentes de algumas unidades, mesmo quando os empregados estão respaldados pela normativa da empresa. A pandemia do coronavirus cresce de forma exponencial e a tendência é a ampliação do número de infectados. Até o presente momento temos 7 óbitos e mais de 621 infectados no país. Na Superintendência do DF existem 10 casos suspeitos.
Não estamos lutando contra qualquer vírus e por isso as medidas tomadas pelos Correios ainda são insuficientes. Ao contrário do que falou Bolsonaro a pandemia não é uma fantasia e nem uma histeria. Ela é real e mata.
É por isso que é inadmissível que nessa situação a direção da empresa faça vista grossa e mantenha os centros de distribuição, tratamento e agências funcionando, até mesmo quando decreto estadual e municipal orienta o fechamento da unidade. O fato é que a postura do governo Bolsonaro e do General Floriano, presidente dos Correios, coloca em risco a vida dos empregados.
Nós da corrente sindical COMBATE defendemos a imediata liberação dos trabalhadores dos correios, mantendo um plano de contingência apenas para as situações emergenciais. Todos os prazos de entregas devem ser suspensos, assim como os serviços prestados pela empresa. É necessária uma intervenção das federações e dos sindicatos para impedir que continue essa situação. A atuação dos cipeiros também é importante para exigir a aplicação das normas de saúde e segurança.
As direções da FENTECT e FINDECT devem seguir o exemplo dos trabalhadores Italianos que paralisaram a produção de uma fábrica porque foram obrigados a trabalhar, mesmo diante do surto do Coronavírus e também dos metalúrgicos da Caoa Chery no Brasil que através de uma greve reverteram as demissões, que em plena pandemia, essa empresa queria aplicar.