Organizar a luta contra os ataques de Bolsonaro e Guedes ao serviço público
Após a aprovação da reforma da Previdência, o governo já anunciou que vai manter a sua política de retirada de direitos. Entre as propostas está a Reforma Administrativa e as PECs 186 e 187 conhecidas como Emergencial e do Pacto Federativo que em resumo servirão para destruir os serviços públicos no país.
O governo e o congresso querem acabar com os direitos dos servidores
Para manter a mamata de políticos, banqueiros, grandes empresários, da cúpula do exército e dos juízes, Bolsonaro, Guedes e Maia querem que os servidores e a população que utiliza os serviços públicos paguem a conta.
Suas propostas contêm: fim da estabilidade, possibilidade de extinção de órgãos e entidades; fim de planos de carreira, redução de salários em até 25%; redução do quadro de pessoal evitando a contratação via cargo público efetivo, adoção de critérios de avaliação para possibilitar demissões, ampliação da contratação temporária, entre outras medidas.
Todas essas medidas buscam arrebentar com os serviços públicos do país e para isso é preciso destruir o máximo de direitos dos trabalhadores desses serviços. A crise do INSS é resultado dessa política que acaba com os concursos, sucateia o serviço e reduz o serviço à população.
Não há dúvidas que essa Reforma não é apenas contra os servidores, mas contra toda a imensa parcela da população que depende dos serviços públicos no país. Ou seja, luta contra a Reforma é a luta pelos serviços públicos que atendem a maioria da população.
Por uma greve unificada do serviço público federal a partir de 18 de março
Com bastante atraso, as centrais sindicais finalmente concordaram em serem parte do dia 18 de março, um dia de luta e greves contra os ataques do governo Bolsonaro. Só que, além de marcar a data, é preciso construir desde já o dia 18 de março, pela base.
Nas próxima semana ocorrerá a reunião do FONASEFE e a plenária da CONDSEF. Defendemos que esses espaços reafirmem a necessidade de construir uma forte greve no dia 18 de março preparando essa data através de assembleias, reuniões unitárias nos estados e muita mobilização na base.
Nesse começo de ano os petroleiros, servidores do Dataprev e da Casa da Moeda deflagraram expressivas greves e paralisações. É necessário avançar na unidade das categorias, ocupando as ruas e construindo mobilizações e greves unificadas, fortalecendo o enfrentamento ao governo e suas medidas para desmontar o serviço público e as estatais.
Nós da Corrente Sindical Combate, junto com a CSP-Conlutas, somos parte dos que querem impulsionar desde já uma grande greve no dia 18 de março. Propomos ainda que as entidades do serviço público federal, através do FONASEF indiquem greve unificada por tempo indeterminado a partir do dia 18. Não há outra saída a não ser construir nas ruas uma forte oposição ao governo Bolsonaro e suas medidas. Não há como derrotar a Reforma Administrativa sem o serviço público parar.
As principais centrais sindicais (CUT, CTB e Força Sindical) devem convocar imediatamente plenárias abertas nas cidades e estados, assembleias em cada categoria, para construir um forte dia nacional de lutas, com paralisações e fortes protestos que defendam os serviços públicos pelas ruas do país.
8 de março: por um dia nacional de grandes manifestações
As mulheres estão sendo fortemente atacadas pelas medidas do governo Bolsonaro. A destruição dos serviços públicos e o brutal corte dos direitos das servidoras deve também ser pauta do dia Internacional de luta das mulheres.
Em todo mundo ocorrerá grandes manifestações contra o machismo, os feminicídios e o conjunto das políticas de ajuste fiscal que atingem sobretudo as mulheres trabalhadoras no Brasil e no mundo.
As mulheres da Corrente Sindical Combate tem defendido que no 8 de março construamos fortes manifestações de rua em todo país. Com a tomada massiva das ruas no 8 de março podemos impulsionar o dia nacional de lutas no dia 18, enfrentando com força a política do governo.