Chuvas em MG – Uma catástrofe anunciada
Desde o início do mês de janeiro, Minas Gerais tem sido atingida por fortes chuvas causando a morte de 55 pessoas, mais de 60 feridos e um desaparecido, 53 mil pessoas estão fora de suas casas, sendo que 44 mil desalojadas e 8 mil desabrigadas segundo os dados da CEDEC (Cordenadoria Estadual da Defesa Civil) até o dia 29/01. Mais de 101 municípios mineiros encontram-se em estado de emergência e cinco decretaram calamidade pública.
A Zona da Mata e a Região Metropolitana de Belo Horizonte, são as áreas mais atingidas, somando juntas quase 50 das 55 mortes e possuem cenários de destruição em vários pontos das diferentes cidades da região.
Em Belo Horizonte o mês de janeiro tem o maior volume de chuvas da História desde o início da medição realizada pelo INMET, são mais de 923 mm de chuva.
Bolsonaro, Zema e Kalil são culpados pela crise das enchentes!
As fortes chuvas no verão na região sudeste são conhecidos por todas as pessoas do país, sejam pelas recorrentes enchentes, seja pelas vidas que são retiradas todos os anos através do imobilismo dos governos.
O governo Bolsonaro/Mourão que aplica um brutal ajuste contra a classe trabalhadora e enche o bolso dos banqueiros, destinou apenas 0,06% de seu orçamento em 2018 em obras urbanas enquanto isso para o pagamento da dívida pública a fatia foi de 40,66% (1,065 trilhão) e com sua política de desmonte do estado e das políticas públicas aplicou em 2019, R$ 99 milhões para a prevenção de desastres naturais, sendo que havia sido destinado para a área o valor de R$ 306,2 milhões, e ainda assim esse valor é inferior por exemplo ao ano de 2012 que foram executados 4,02 bilhões de reais. Ainda desta verba, foram destinados em 2019 R$ 167,4 milhões para cheias e enchentes porém não foi utilizado nenhum centavo.
O governo Zema (Novo) também não fica pra trás no quesito responsabilidade, a fórmula de Zema não tem nada de novo, ele repete o argumento de que os moradores jogam lixo nas ruas e que não se atentam ou não querem deixar suas casas, no dia 29, após 55 mortes Zema disse que a situação das chuvas em MG está sob controle.
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD) em entrevista coletiva também tentou se justificar dizendo que a culpa é do alto volume da chuva, sendo que ano passado já haviam acontecido mortes por enchentes na Avenida Vilarinho, ponto refém todos os anos de alagamento assim como outros pontos da cidade, Kalil ainda disse que o povo belorizontino precisa ter paciência, depois de 55 mortes e milhares de desalojados é impossível ter paciência.
Não ao pagamento da dívida pública! indenizar as famílias! Por um grande plano de obras públicas para a reconstrução das moradias e da cidade!
É preciso cercar de solidariedade às famílias atingidas pelas enchentes, os governos devem ter um efetivo plano de indenização, habitação e reconstrução das suas casas, das ruas e da cidade.
Bolsonaro/Mourão, Zema (NOVO) e Kalil (PSD) são os verdadeiros culpados por mais essa catástrofe, é preciso parar de pagar a dívida pública e destinar os recursos para a reconstrução das cidades atingidas, além do pagamento de indenização e alojamento dos desabrigados e desalojados. É fundamental destinar também os recursos para um plano de obras públicas que possa em um primeiro momento reconstruir as moradias e a cidade e fazer um grande plano de intervenção urbana em um modelo que consiste na prevenção de fato das enchentes e que os trabalhadores não mais corram o risco de perder o que possuem a cada chuva.
Os trabalhadores não podem pagar a conta dos desmandos dos governos que visam cada vez mais encher o bolso dos ricos.
30 de Janeiro de 2020 – CST/Minas Gerais