JUVENTUDE | Nosso futuro não cabe nesse governo!
Juventude em luta contra Bolsonaro !
Bolsonaro e seu ministro Abraham Weintraub elegeram a Educação e a juventude como seus inimigos. Não fazem isso à toa. Os estudantes estão à frente da luta contra Bolsonaro desde o #EleNão, o que se expressou no Tsunami da Educação de maio. Por isso, eles atacam o pensamento crítico, a livre organização do movimento estudantil e têm um projeto de destruição da pesquisa brasileira e privatização do ensino público. Para impor seu projeto autoritário e privatista, eles atacam a autonomia universitária, indicando reitores biônicos para as instituições de ensino sem respeitar o voto da comunidade acadêmica.
Com os cortes da educação, muitas universidades federais estão correndo o risco de fechar as portas por falta de verba – e nas que seguem funcionando faltam bolsas, filas gigantescas nos restaurantes universitários e cortes na permanência estudantil. Bolsonaro e Weintraub apresentam o Future-se como solução para o problema que eles mesmos criaram. Mas, sabemos que o projeto é uma tentativa de privatizar as universidades, entregar a gestão para o mercado financeiro e impor a cobrança de mensalidades. O que precisamos é de mais verba pública para financiar o ensino, pesquisa e extensão. Mas Bolsonaro vai na contramão das necessidades do povo, com o desmonte da CAPES e da CNPq.
Tem dinheiro no país, mas ele está indo para o bolso dos banqueiros e grandes empresários através da dívida pública. Para defendermos nosso direito de estudar, precisamos seguir ocupando as ruas e garantir verba para a educação e não para os parasitas do mercado financeiro. Nesse sentido, as entidades estudantis como UNE, UBES e ANPG têm que chamar uma plenária nacional que convoque um efetivo plano de lutas, dando continuidade a luta da educação, em calendários nacionais unificados com as entidades da educação como FASUBRA, ANDES e CNTE, com representantes eleitos na base e formando um comando nacional de mobilização, coordenando as lutas em curso. A Assembleia Comunitária da UFF deliberou um ato no dia 18 de setembro, e na UFSC, com um auditório lotado, se votou repúdio integral ao Future-se e indicativo de greve. Esses são exemplos a serem seguidos, precisamos de um processo permanente de mobilização, construído em assembleias pela base nas universidades e cursos.
O campo da Oposição de Esquerda da UNE (Correnteza, Juntos, UJC, RUA, Afronte e Manifesta) precisa atuar de forma unitária, se colocando como protagonista dessa luta junto aos CA’s, Grêmios e DCE’s. Afinal, a direção majoritária da UNE(PCdoB/PT/LPJ/PDT) coloca a estratégia de negociar no parlamento acima dos calendários de luta nas ruas. Negociar com aquela casa de corruptos dirigida por Rodrigo Maia não resolverá nossos problemas. Só podemos confiar nas nossas forças, balançando o governo através das ruas! Defendemos a mais ampla unidade de ação para lutar contra Bolsonaro. Mas, isso não apaga as nossas diferenças com o campo político majoritário que dirige a UNE (UJS/PCdoB e PT) que infelizmente não conduz nossa luta de forma consequente e não constrói espaços democráticos para a base se expressar. Por isso, defendemos que a Oposição de Esquerda se fortaleça como uma alternativa para os estudantes, unificando a luta da educação com a pauta ambiental.
A juventude Vamos à luta se propõe a ser parte dessa construção. Acreditamos que só na luta podemos vencer e nossa unidade é com os trabalhadores, com o movimento de mulheres, negras e negros e LGBT’s! Para organizar os estudantes, utilizamos as calouradas desse segundo semestre, promovendo debates por universidades como UNIRIO, UFF, UFMG e PUC-MG. Conheça nosso coletivo, nos organizando podemos desorganizar!
Por Eduardo Protázio ( Diretor da UNE – Oposição ) e Caio Sepúlveda (Juventude Vamos à Luta – RJ)