Continua a histórica greve da General Motors nos Estados Unidos
A greve, que foi imposta pela força da base, é um verdadeiro desafio às políticas ultraconservadoras do governo Trump que tentam tornar os direitos trabalhistas mais flexíveis. Apesar disso, foram outras lutas bem-sucedidas que incentivaram essa greve, como funcionários de redes de fast food, funcionários de hotéis e professores em vários estados que obtiveram aumentos salariais significativos e mais recursos para a educação pública.
A greve foi apoiada por trabalhadores da Ford e Fiat-Chrysler, que totalizam mais de 100.000 trabalhadoras e trabalhadores de autopeças das fornecedoras da GM no México. A burocracia sindical do UAW, no entanto, se recusa a incorporar os trabalhadores das outras empresas à paralisação da empresa, sob o pretexto de que o acordo com a General Motors servirá como referência para fechar os acordos com as outras empresas.
De acordo com o estatuto do sindicato, a partir do 15º dia de paralisação, cada trabalhador deve cobrar um “salário” de 250 dólares por semana do fundo de greve do sindicato. A partir da base, surgiu a demanda de que o sindicato aumente esse auxílio para 750 dólares por semana. E desconfiados da liderança sindical, eles alertaram que qualquer tentativa da burocracia de concordar com menos do que é reivindicado, será rejeitado.
Sem dúvida, estamos enfrentando um conflito de grandes proporções. Por um lado, uma das maiores empresas multinacionais do mundo, protegida pelas políticas antitrabalhadores de um governo ultrarreacionário, por outro, a força dos trabalhadores que tentam superar os obstáculos impostos por uma liderança sindical burocrática. Um triunfo dos trabalhadores servirá de incentivo para amplos setores de trabalhadores. Portanto, comprometemos toda a nossa solidariedade a essa importante luta.