A juventude é a banda que toca a revolução! Seguir mobilizando e organizar para as tarefas que virão

Sem dúvidas, a célebre e histórica frase que anuncia esta matéria traduz perfeitamente o momento pelo qual a juventude brasileira, em especial à ligada aos temas estudantis, tem passado no último período. A juventude estudantil e conectada com as lutas feminista, LGBT e negra tem sido protagonista nos últimos enfrentamentos diretos com os governos estaduais e contra o nosso inimigo maior, o governo de Bolsonaro.

Esse perfil combativo, que  levou centenas de milhares de jovens às ruas em maio, nos dias 15 e 30 para defender a educação pública, certamente foi o tom perfeito para combinar com as notas e partituras de indignação da classe trabalhadora, que entrou em cena fortemente na Greve Geral de 14 de junho. Importantes categorias paralisaram, como educadores das redes estaduais e federal, setor de transportes de São Paulo, bancários, petroleiros e metalúrgicos do ABC paulista.

A nossa luta no primeiro semestre aponta o caminho a seguir

A organização que tivemos em dezenas de universidades, institutos e escolas da educação básica demonstram que temos condições de nos organizar e seguir permanentemente lutando contra Bolsonaro, Mourão, Moro, Weintraub, Damares e seu plano conservador e autoritário de ataques aos nossos direitos e de privatizações.

Foi a partir de nossos centros acadêmicos, diretórios, grêmios ou por meio de comissões de mobilização que construímos diversas assembleias em nossos locais de ensino. E esse é o caminho a seguir: mobilização e organização permanente, pois se os nossos inimigos se articulam e negociam a retirada de nossos direitos, nós também devemos estar atentos e fortes para viver com dignidade.

Ninguém toca no nosso futuro! A Previdência não se negocia!

Nós jovens somos um dos setores mais afetados com a criminosa Reforma da Previdência de Bolsonaro e seu ministro Paulo Guedes. Já somos o setor que mais sofre com o galopante desemprego no país, a educação pública é cada vez mais sucateada, não temos acesso a cultura, esporte e lazer, e Bolsonaro ainda nos quer fazer trabalhar até a morte com essa reforma! É mentira que não tem dinheiro no país! A verdade é que o governo não quer mexer nos interesses dos poderosos. Ele quer jogar a conta da crise nas costas da população. Metade do orçamento da união é destinado para pagar uma dívida pública imoral e ilegítima, e enriquecer ainda mais os banqueiros e grandes empresários do país!

Não tem nenhuma negociação, não aceitamos nenhuma retirada de direitos, devemos seguir na luta para barrar a Reforma da Previdência. Nesse sentido, as centrais sindicais como a CUT, CTB, Força Sindical, têm que abandonar sua atual linha política de negociar com o governo a aprovação da Reforma. Da mesma forma, os governadores do PT e PCdoB têm que se colocar na linha de frente da luta contra o desmonte da previdência, ao contrário do que estão fazendo hoje, quando são parte da articulação para aprovar a reforma.

Seguir o exemplo do Tsunami da educação! Organizar a luta para derrotar Bolsonaro!

Nossa única saída é a luta unitária nas ruas, para derrotar o projeto do governo Bolsonaro/Mourão de desmonte da educação pública e do fim da aposentadoria. Para isso, as entidades da educação como UNE, UBES, ANPG, ANDES, FASUBRA, CNTE têm que chamar calendários unificados e nacionais de luta, construídos pela base com assembléias democráticas em cada escola e universidade. Além disso, precisamos construir uma plenária nacional da educação para discutir a continuidade da luta, com representantes eleitos na base, e estabelecer um comando nacional permanente de mobilização. Seguir nas ruas até garantir que não vamos perder nem um centavo da educação e nosso direito de se aposentar.

 

Por Caio Sepúlveda  e Eduardo Protázio – Juventude Vamos à Luta

 

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