LIBERDADE PARA LUISA HANOUNE E TODOS OS PRESOS POLÍTICOS ARGELINOS
Depois de obrigar o ditador Abdelaziz Bouteflika a renunciar, o povo argelino continua mobilizado pelo fim do regime ditatorial, contra a fome e a miséria e em defesa das liberdades democráticas. No entanto, o Conselho Constitucional postergou as eleições previstas para 4 de julho, concedendo a prolongação do mandato provisório de Abdelkader Bansalah, sucessor e fiel discípulo do ex-presidente Bouteflika.
Diante das mobilizações, a resposta do general Salah, chefe do estado maior do exército, continua sendo uma política de repressão e perseguição dos ativistas. Em 9 de maio último foi detida a líder do Partido dos Trabalhadores da Argélia, acusada pelo tribunal militar de Salah de “atentar contra a autoridade do Exército e conspirar contra o Estado”. Juntamente com ela foram presos outros ativistas. Trata-se de um terrível golpe contra as liberdades democráticas praticado pelo Estado militar do general Salah com a cumplicidade do governo provisório.
A Unidade Internacional de Trabalhadoras e Trabalhadores-Quarta Internacional (UIT-CI) afirma sua solidariedade com os trabalhadores e o povo argelino e repudia a detenção de Luisa Hanoune e daqueles que se manifestam contra o regime, ao mesmo tempo em que exige a libertação de todos os presos políticos. Declaramos nossa adesão à convocação de uma jornada internacional pela libertação de Luisa Hanoune em 20 de junho, dia em que seus advogados apresentarão uma petição exigindo o fim das inculpações e a liberdade incondicional dos ativistas presos.
Unidade Internacional de Trabalhadoras e Trabalhadores-Quarta Internacional (UIT-CI)
10 de junho de 2019