Metroviários de São Paulo marcam Greve para o dia 30/04
Após quase um mês de negociações e uma intensa campanha salarial, os metroviários de São Paulo estão com uma greve marcada para o dia 30/04. A direção da empresa, sob as ordens de João Dória, quer destruir o atual Plano de Saúde da categoria, nega qualquer aumento real, equiparação salarial, entre outras reivindicações. Fora isso, mantém sua política de privatização e terceirização. Somente esse ano, Dória já entregou para seus financiadores de campanha a Linha 15 – Prata e manteve o absurdo contrato de terceirização das bilheterias das Linhas 2 e 15 com a empresa Liderança. Se a empresa e o governador não recuarem nos seus ataques contra a categoria e o transporte público, no dia 30/04 a maior cidade do país amanhecerá sem o seu principal transporte público funcionando. A categoria, que mostrou forte disposição de luta nestas semanas de campanha salarial, pode construir uma grande greve para garantir seus direitos. Na esteira de greves como a dos Garis do Rio de Janeiro e da educação em diversos estados, a classe trabalhadora de conjunto vai se preparando e aquecendo seus motores para o grande enfrentamento dos próximos meses contra a Reforma da Previdência.
O imenso apoio popular aos coletes vermelhos
A campanha salarial já tem uma marca: os coletes vermelhos contra a Reforma da Previdência. Isso tem sido muito comentado na cidade durante as últimas duas semanas. Muitos usuários do metrô declaram apoio ao uso do colete, alguns até pedem coletes para os trabalhadores. Além disso, combinado com o momento da campanha salarial, os metroviários estão fazendo atividades de coleta de assinaturas contra a Reforma da Previdência. As atividades tem sido um sucesso completo, a população chega a formar fila para participar. A vontade de se expressar contra a Reforma é o que temos visto por parte da população nos últimos dias. Muitos usuários agradecem os metroviários por estarem lutando pelo direito do conjunto da população se aposentar. Com essa política, a categoria vai construindo uma aliança estratégica com a população e ganhando a opinião pública para apoiar e fortalecer nossas lutas.
Dória e direção do Metrô tentaram calar os metroviários
Após o deputado Arthur Moledo (DEM), do canal Mamãe Falei e dirigente do MBL, cobrar publicamente o governador nas redes sociais punições para os Metroviários, a empresa começou com uma política de perseguição e prática antissindical. Além disso, como Dória tem sido um grande defensor da Reforma da Previdência apresentada por Bolsonaro, os coletes dos metroviários se chocam com a política do governador para destruir o direito à aposentadoria digna de milhões de trabalhadores.
Na última semana a diretoria do metrô, a mando de Dória e através das chefias, passou a desferir punições contra a categoria, através de advertências. Na verdade, eles querem calar uma categoria com grande histórico de tradição de luta e organização sindical. Porém, as punições, ao contrário do que esperavam os chefes, surtiram o efeito contrário. Apesar da demora da direção majoritária do sindicato (CTB) em dar uma resposta ao assédio das chefias, a categoria não apenas manteve o uso dos coletes, como também esquentou seu clima para a construção da greve. A população segue apoiando e se solidarizando. Diversos parlamentares do PSOL e dirigentes do PSTU soltaram uma posição pública rechaçando as punições aos metroviários e apoiando o direito de lutar (https://www.cstuit.com/home/
Combate Classista e pela Base – Metroviários