Basta de seletividade e arbitrariedade da Justiça eleitoral! É hora de defender a liberdade de manifestação e nossas entidades!

A campanha de Bolsonaro enfrenta problemas políticos. Seu esquema de financiamento ilegal foi descoberto e seu projeto autoritário gera desgastes. Isso se reflete nas pesquisas: Bolsonaro cai e vê sua rejeição crescer. Nos espaços do EleNão, nas plenárias, nos comícios de Haddad há um ânimo novo na difícil batalha da “virada”.

Isso levou setores do bolsonarismo ao desespero. Uma ala mais aloprada está utilizando os TREs, a Justiça Eleitoral e a PM como braços de sua candidatura para tentar frear esse movimento. De forma ilegal, ilegítima e autoritária invadem universidades, entidades estudantis, sindicais, apreendem panfletos, jornais, cartazes e faixas. Há decisões da justiça censurando entidades estudantis e sindicais e ameaçando dirigentes de faculdades com ordem de prisão! Tudo sem fundamento, ao arrepio das leis. O mais absurdo é que as mesmas instituições são coniventes com os crimes eleitorais cometidos por Bolsonaro! Nada fizeram contra o abuso do poder econômico, o financiamento empresarial de campanha, o caixa 2, as fake news, o roubo e uso sem autorização de dados de milhões de brasileiros a transformação dos púlpitos de igrejas em palanques.

As universidades são um alvo por serem a vanguarda da luta contra Bolsonaro e contra a extrema-direita, ao repudiar os discursos pró-Ditadura Militar, anticomunistas, neofascistas, homofóbicos e machistas desse grupo. Eles pretendem nos dispersar, paralisar e intimidar. Temos que resistir. Eles buscam imitar os expedientes autoritários da ditadura de 1964 que militarizaram universidades, impediam a exibição de faixas, reuniões, interviam nos sindicatos e acabaram com as entidades estudantis. Esse projeto precisa ser derrotado.

 

Enfrentar as arbitrariedades e seguir a batalha contra Bolsonaro!
Coletivamente, em reuniões, assembleias, plenárias, devemos responder de forma unitária e firme. Temos de nos defender e defender nossas universidades, entidades estudantis, sindicatos e as nossas faixas! Cabe a UNE, UBES, APG, DCEs, DAs, CAs e grêmios estudantis unificarem essa batalha com a CUT, CTB, CSP-CONLUTAS, MST MTST, ANDES-SN, FASUBRA, sindicatos e demais entidades, programando um calendário de mobilização organizado democraticamente. Unificados podemos defender nossas entidades e garantir a exibição de nossas faixas, resistindo às manobras ilegais dos TREs e nos defender da PM. Devemos exigir conjuntamente o fim da intervenção federal no Rio, justiça para Marielle e Anderson, punição aos militares torturadores de 64 e a revogação do decreto da Força Tarefa de Inteligência de Temer e do General Etchegoyen.

Ao mesmo tempo manter nosso foco na batalha eleitoral e na construção dos atos de rua, na luta de massas para virar os votos de Bolsonaro. Conseguir mais votos para o 13 de Haddad e Manuela é central. A coordenação de campanha deve orientar isso, debatendo abertamente com toda a militância, com iniciativas de base, que fortaleçam os rumos da campanha nessa reta final, incorporando sugestões como as de Mano Brown. Nossa melhor resposta a essas arbitrariedades é penetrar nos setores mais explorados da classe trabalhadora, na juventude periférica, nos setores populares que ainda hoje estão do outro lado e buscar dialogar com eles mostrando nossa visão crítica contra tudo isso que está aí e contra Bolsonaro.

Acreditamos que essa deve ser a batalha do PSOL, PCB, PCR, PSTU e demais organizações políticas de esquerda. Uma batalha que deve ser feita agora e seguir após a eleição, qualquer que seja o resultado das urnas, pois a polarização seguirá após o pleito de domingo.

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