#ELENÃO! Ocupar as ruas até derrotar Bolsonaro
Um levante de mulheres sacudiu o país na última semana. Somos cerca de três milhões em diversos grupos nas redes sociais contra a candidatura de Jair Bolsonaro. Mesmo após o “hackeamento” do principal grupo, o #EleNão só cresce. No dia 29/09 haverá manifestações em dezenas de cidades brasileiras e, até mesmo, em outros países. Esse precisa ser o primeiro passo de uma jornada de mobilizações de rua para derrotar Bolsonaro.
Há décadas como deputado em partidos campeões de corrupção, Bolsonaro usa sua posição para propagar ódio e votar projetos de retirada de direitos. Para ele, mulheres merecem ser estupradas e ganhar menos que homens, gays merecem apanhar, opositores políticos devem ser torturados, favelados devem ser metralhados e quilombolas podem ser comparados a animais. Para o seu vice, general Hamilton Mourão, famílias chefiadas por mulheres são uma fábrica de desajustados que fornece mão de obra ao narcotráfico. Um enorme desrespeito com quase 12 milhões de mães que sustentam sozinhas seus filhos e 40% que chefiam os lares.
Bolsonaro votou a favor da Reforma Trabalhista, responsável pelo aumento do desemprego e pela flexibilização de direitos trabalhistas, e da PEC do Teto de Gastos, que congelou os investimentos nas áreas sociais, está aprofundando a precarização dos serviços públicos e é responsável pelo incêndio do Museu Nacional. Além disso, defende uma Reforma da Previdência ao estilo da que derrotamos em 2017 com muita mobilização e com a histórica Greve Geral.
Tudo isso é inaceitável, ainda mais no país que mais mata LGBTs no mundo, está em 5º lugar no ranking mundial de feminicídios, 6,24 milhões de mulheres estão desempregadas e 71% das vítimas de homicídios são jovens negros. Por isso, é preciso derrotar nas ruas o programa machista, racista, LGBTfóbico e neoliberal de Bolsonaro e lutar por:
– Abaixo a cultura do estupro! Verbas para políticas públicas de combate à violência contra a mulher!
– Criminalização da LGBTfobia! Políticas educacionais para combater o preconceito desde as escolas!
– Chega de desigualdade salarial entre os gêneros! Salário igual para trabalho igual!
– Queremos os jovens negros vivos! Fim da intervenção militar no RJ e da violência policial nas favelas e periferias! Justiça para Marielle e Anderson!
– Educação Sexual para decidir, contraceptivos para prevenir e aborto legal seguro e gratuito para não morrer! Em defesa de um Estado Laico!
– Revogação da Reforma Trabalhista e da Lei das Terceirizações do governo Temer! Não à Reforma da Previdência!
– Dinheiro para educação, saúde, habitação e saneamento! Suspensão do pagamento e auditoria da dívida pública!
LEGALIZAR O ABORTO! BASTA DE MULHERES MORTAS!
Na América Latina, as argentinas deram o tom da luta feminista! Após muitos anos acumulando forças foi possível pautar a sociedade com a luta pelo aborto legal, seguro e gratuito. Dezenas de manifestações foram convocadas em todo país, com enfrentamento a setores da Igreja Católica que diziam “defender a vida” e, por isso, se colocavam a favor dos abortos clandestinos. Mas as argentinas demonstraram que a realidade é que nenhuma mulher deixa de abortar porque o aborto é ilegal. As mulheres apenas estarão sujeitas a humilhações, violências sexual e física, morte e a prisão. A pressão popular foi o elemento determinante para que a Câmara de Deputados aprovasse a lei, porém o conservadorismo do Senado barrou a concretização de nossa pauta. Mas se engana profundamente quem acha que a luta acabou por aí! As hermanas seguem mobilizadas e dispostas a lutar para que nenhuma mulher morra na clandestinidade. As multitudinárias manifestações na Argentina contaminaram também o Brasil e manifestações com centenas de mulheres ocorreram em diversas capitais, sendo que as jovens mulheres foram maioria. O que trará nossa vitória será a mobilização nas ruas, universidades, escolas e locais de trabalho. A história das mulheres é a história da resistência e da luta! FAÇAMOS COMO AS ARGENTINAS! OCUPEMOS AS RUAS PELO ABORTO LEGAL, SEGURO E GRATUITO!
É HORA DE LUTAR E SE ORGANIZAR
Somos estudantes e trabalhadoras que acreditam que a luta das mulheres contra Bolsonaro nas ruas não pode parar. Somos feministas e socialistas do Vamos à Luta e do Combate. Somos parte do PSOL e queremos fortalecer uma alternativa de esquerda nas ruas e nas eleições. Organize a luta das mulheres na sua escola, universidade ou local de trabalho… Vem com a gente!
Mulheres da CST/PSOL