Haddad assume compromisso com banqueiros
Com a largada eleitoral, inicia-se também o chamado vale-tudo eleitoral. Em campanha na Paraíba, Fernando Haddad (PT) ensaiou um enfrentamento com o sistema financeiro: “Nós não temos mais paciência com esses caras (banqueiros). Precisamos dar um choque nos bancos”, se referindo a taxação das Instituições que não diminuírem o spread bancário. Porém, após as críticas do setor financeiro, o Petista se reuniu com representantes da J.P. Morgan, Morgan Stanley, BTG Pactual, XP Investimentos, e com o cartel dos bancos, a Febraban, e declarou que, se eleito, seu Ministro da Fazenda será alguém com aval dos banqueiros: “um quadro conhecido do mercado, com credenciais fortes, afinado ao projeto petista e dono de uma biografia que remeta ao pragmatismo”.
A preocupação de Haddad com o aval do mercado financeiro não é à toa. Ao longo dos Governos Lula e Dilma, o PT pagou mais de R$13 TRILHÕES aos banqueiros! Lula repassou mais de R$7 trilhões e Dilma quase R$6 trilhões! Os agradecimentos vieram no financiamento das campanhas eleitorais: em 2014 o PT recebeu R$ 1,121 bilhão em doações, de empreiteiras, Bancos, latifundiários, etc.
O aval do mercado foi uma constante nos Governos PT. Dentre os ex-ministros da Fazenda estão Guido Mantega e Antonio Palocci, ambos envolvidos em repasses de propinas para aprovação das MPs 470 e 472, que negociou a dívida tributária da Odebrecht com a União. Outro ex-Ministro da Fazenda “com aval dos Bancos” é Joaquim Levy, responsável por medidas que dificultaram o acesso ao seguro-desemprego, pensão por morte, auxílio doença, e outros direitos através das MPs 664 e 665, e autor de diversos cortes nas áreas sociais, período em que recebeu o apelido de Levy, mãos de tesoura.
O enriquecimento dos membros do PT foi notável. Esse ano Lula declarou ao TSE ter um patrimônio de R$8 milhões sendo que R$6,3 milhões são em investimentos na Previdência Privada! Quer dizer, além de faturar com o financiamento do partido nas campanhas eleitorais, Lula lucrou diretamente com a Reforma da Previdência de 2003, o que motivou a expulsão dos companheiros Babá, Luciana Genro e Heloísa Helena do PT e impulsionou a fundação do PSOL.
Nos últimos 2 anos, a partir do Impeachment de Dilma, o PT repetiu um mantra: seus antigos aliados eram “golpistas” e chamaram a conformação de variadas frentes “pela democracia”, como a Brasil Popular e a Povo Sem Medo, porém se aproximando das eleições de 2018 fecharam com os “golpistas” em 15 estados! No RJ, o MDB foi um dos responsáveis por fortalecer as milícias e segundo investigações recentes estão envolvidos na execução da companheira Marielle Franco. Mas isso não foi empecilho para apoiar Renan pai e Renan Filho para Senador e Governador do Alagoas. No Ceará estão com Eunício Oliveira e em Pernambuco estão pela reeleição de Paulo Câmara, do PSB. Ou seja, a narrativa do golpe, apenas foi útil para limpar a barra do PT e assim arrematar alguns votos.
PSL, REDE, PDT e PSDB: também são aliados dos banqueiros
Os outros candidatos são farinha do mesmo saco! Bolsonaro votou favorável a várias medidas de ajuste contra o povo, como a PEC do fim do mundo (EC95), a reforma trabalhista e defende uma nova Reforma da Previdência, atacando logo de cara o setor público. Com Marina Silva não podemos nos iludir. Ela já declarou que não irá “inventar a roda”, reivindicou e se comprometeu a manter a política econômica que está em vigor desde o início do Plano Real, e que é o responsável direto pelo abismo em que estamos sendo jogados!
Alckmin tão pouco foge a regra! O Governo de SP há 24 anos está nas mãos dos tucanos, e o que se vê é o reflexo da crise! O ladrão de merendas de São Paulo é também o responsável pelo intenso processo de privatizações no metrô: as linhas 5 e 17 que eram avaliadas em R$10 bilhões foram leiloadas por cerca de R$500 milhões, num nítido esquema de corrupção! Os movimentos sociais não viram um ano sequer de trégua dos tucanos e o processo de criminalização as lutas e greves foi brutal, como na repressão das jornadas de junho de 2013, na greve dos metroviários de 2014 e dos professores desse ano. Já com Ciro Gomes tendo como vice a inimiga de trabalhadores rurais e índios, Kátia Abreu, não é possível fazer qualquer debate sério sobre uma mudança profunda da crise em que o Brasil está! A conclusão aqui é clara: são todos parte de um mesmo projeto para seguir beneficiando banqueiros, promovendo privatizações e os saques aos cofres públicos! Lula/Haddad, Marina, Alckmin e Ciro são parte do problema e não da solução. É necessário um outro programa que enfrente de verdade os banqueiros, empreiteiros e todos os que lucram com a precarização das condições de vida do povo!
O PSOL foi oposição aos Governos do PT durante seus 13 anos de mandato, e por isso não está comprometido com o pagamento da dívida pública e foi o único que nunca votou em medidas que atacam o povo ou nas listas de corrupção! Por isso, chamamos a votar 50 e seguir lutando pelo Fora Temer e o ajuste fiscal! Prisão para todos corruptos! Pela revogação da Reforma trabalhista, da EC95 e o fim da reforma da previdência, auditoria e suspensão do pagamento da dívida pública. Por reposição imediata das perdas no salário e nas aposentadorias e melhores condições de trabalho e estudo! Pela redução do preço dos combustíveis, do gás de cozinha, do transporte, energia e água! Chamamos todos os trabalhadores a votar nos candidatos e candidatas do PSOL!