Marielle Vive!!! Justiça para Marielle e Anderson!
Fora Temer, Pezão e a intervenção!
Mulher, negra, cria da Maré, mãe jovem, lésbica e com absoluta determinação, Marielle Franco tinha uma voz poderosa e se fazia ouvir como poucos. Porém, após a última quarta-feira, 14 de março, a voz e os objetivos de Marielle se agigantaram e adquiriram uma proporção inimaginável.
Encarnada por milhares de pessoas que saíram às ruas comovidas pela tragédia de seu assassinato, Marielle se reproduziu em cada manifestante, em cada grito, contra as iniquidades da PM, pelo fim de uma intervenção federal fajuta e em repúdio a um regime e um governo falido. Os tiros dos covardes assassinos que atingiram Marielle e o companheiro Anderson atiçaram, como em 2013, o formigueiro que começa a se mexer à procura de mudanças.
Marielle Presente!
Péssimos cálculos fizeram os mandantes deste crime hediondo. Ignoraram que as causas que defendia Marielle eram de milhões. Que uma maioria absoluta não aguenta mais o descaso de Temer, Pezão e do Estado em seu conjunto com os graves problemas sociais. Que não tolera uma PM convertida em máquina de matar a população negra e moradora das periferias. Que não aceita mais ser governada por políticos corruptos a serviço das multinacionais, dos banqueiros, das empreiteiras e do agronegócio, enquanto afundam a população trabalhadora na miséria e no desespero.
Marielle está mais presente que nunca. Está presente na necessidade de rejeitar uma intervenção federal/militar ordenada por um governo ilegítimo que, acuado, depois de fracassar no intento de reformar a Previdência, tenta sair de sua paralisia com uma medida equivocada. A própria execução de Marielle e Anderson demonstra a falácia dessa solução. Não há nenhuma possibilidade de resolvermos os graves problemas sociais com tanques, fuzis e soldados preparados para a guerra. Exigimos o fim da intervenção federal/militar!
Unidade na luta!
O impacto produzido pelas dezenas de manifestações, atos, passeatas e homenagens convocados em luto por Marielle e Anderson, seja no Rio de Janeiro, no Brasil, ou no mundo, demonstra que através da mais ampla unidade de ação nesta mobilização é possível avançar no principal objetivo desta luta: elucidar os responsáveis deste brutal crime político e exigir suas condenações (dos assassinos, mandantes e todos os envolvidos). Junto aos familiares de Marielle e à população que está nas ruas exigimos Justiça já! Para tanto, defendemos a formação de uma comissão independente para acompanhar as investigações.
Mas combinado a essa importante tarefa, esta ampla unidade nas ruas deve servir para impulsionar o fim da PM, da intervenção federal no Rio e o Fora Temer e seu governo ilegítimo. Temer, assim como Pezão e Crivella, é responsável pela atual situação do Rio e do Brasil. São suas políticas e de governos anteriores que levaram o Brasil e o Rio de Janeiro à falência. São eles que sucatearam os serviços públicos, que jogaram milhões no desemprego, que arrocharam salários e que pretendem administrar esta crise sob o rigor dos cassetetes. As ruas têm demonstrado que, unidos nesta mobilização e combatendo de forma clara as políticas destes governos, é possível virar o jogo.
É preciso ocupar as ruas no dia 20/3 e seguir a luta no dia 28/3, data do assassinato de Edson Luiz. Nesses protestos é fundamental que a classe trabalhadora entre em cena, definindo sua participação em assembleias, organizando atos e paralisações para demonstrar organizadamente sua indignação como fizeram os professores e metalúrgicos de SP, os professores de MG e os garis do RJ. Um papel que a CSP-CONLUTAS e INTERSINDICAL podem ajudar a organizar junto às demais centrais.- Justiça para Marielle e Anderson! Investigação profunda, julgamento e condenação dos responsáveis deste brutal crime político!
– Fim da intervenção militar! Dinheiro para saúde, cultura e educação!
– Fora Temer, Pezão e Crivella!
– Fim das chacinas contra o povo negro nas favelas com condenação dos culpados! Fim da PM!
– Em defesa da vida e dos direitos das mulheres e LGBTs
– Por uma comissão independente para acompanhar as investigações, composta por entidades defensoras dos direitos humanos, comissão de moradores da Maré e familiares das vítimas, parlamentares, partidos de esquerda, centrais e entidades sindicais, entidades estudantis, OAB e movimentos sociais.