Internacional: Repudiamos o assassinato de Marielle Franco!
Unidade Internacional dos Trabalhadores – Quarta – Internacional (UIT-QI)
Expressamos o nosso mais enérgico repúdio ao assassinato de Marielle Franco, vereadora pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), na cidade do Rio de Janeiro no Brasil. Seu assassinato ocorreu na quarta (14/03), a noite, no centro da cidade quando voltava de um evento de Jovens Negras Movendo Estruturas, em que participara. Marielle era uma referência na luta contra a violência policial nas favelas e havia se posicionado criticamente frente a intervenção militar no Rio de Janeiro.
Marielle Franco era uma mulher negra, lutadora, feminista, destacada militante do PSOL e uma grande ativista pelos direitos humanos. Conhecia muito bem a violência policial, pois era procedente do complexo da Maré, na periferia do Rio de Janeiro.
Começou sua vida política jovem na defesa dos direitos das mulheres negras denunciando a violência policial. Em 2016, foi a quinta mais votada nas eleições municipais para vereadora no Rio de Janeiro, ocasião em que se candidatou pelo PSOL.
Seu assassinato ocorreu um mês depois que o presidente do Brasil Michel Temer, decretou a intervenção militar federal na segurança do Rio de Janeiro. Desde então, Marielle foi nomeada relatora da Comissão da Câmara dos Vereadores para fiscalizar as operações policiais. No dia anterior ao seu assassinato, havia denunciado a ação truculenta e brutal da Polícia Militar na região de Irajá, na comunidade de Acari. Por isso, este crime não ocorreu de maneira aleatória: o carro em que Marielle viajava foi alvejado e seus assassinos fugiram sem levar nenhum pertence.
Desde a Unidade Internacional dos Trabalhadores – Quarta Internacional (UIT-QI) nos solidarizamos com seus familiares, amigos e companheiros de militância. Da mesma forma, exigimos a investigação do assassinato, justiça e castigo para os culpados por este crime político. Nos somamos as demonstrações de repúdio que se espalham pelo mundo e convocamos todas e todos a realizarem ações unitárias em frente às embaixadas e consulados do Brasil em cada país do mundo exigindo a investigação e castigo dos culpados. Chamamos a seguir na luta de Marielle pelos direitos das mulheres, contra a repressão e os planos de ajuste do governo Temer.
Nota publicada em espanhol no dia 15 de março de 2018.