Uma poderosa Greve Geral sacudiu o país no dia 28 de abril, contra as reformas da Previdência, Trabalhista, as terceirizações e pelo Fora Temer. A Greve Geral foi precedida por grandes manifestações nos dias 8, 15 e 31 de março, que levaram multidões às ruas contra o governo e seus ataques. A popularidade de Temer se reduziu a pífios 4%, enfraquecendo toda força do governo para aprovar as reformas no Congresso Nacional.

O avanço das mobilizações abriu uma colossal crise nas altas esferas que comandam o país. O completo enfraquecimento do governo produziu um avanço nas investigações que resultaram na divulgação da gravação onde Temer dava o aval para que o dono da JBS comprasse o silêncio de Eduardo Cunha. As gravações também comprometem o PSDB, principal aliado do PMDB no governo, com Aécio Neves sendo flagrado pedindo R$ 2 milhões ao dono da JBS. Diante desse quadro de esgotamento e paralisia do governo, do congresso, o imperialismo e a burguesia tentam se rearticular por outra saída para aplicar os ataques contra os direitos da classe trabalhadora e da população em geral. Já tem setores da burguesia que defendem eleição indireta para presidente da República. Isso é inaceitável! Não podemos permitir que a corja de corruptos e de bandidos do Congresso Nacional decidam o destino da nação

É necessário marcar já uma nova Greve Geral para primeira semana de Junho!

A classe trabalhadora, a juventude e os movimentos sociais devem ocupar imediatamente as ruas para derrubar Temer e pelo fim das reformas. Em São Paulo, houveram  importantes manifestações na Avenida Paulista imediatamente após o estouro da gravação envolvendo Temer. Em várias cidades, como Porto Alegre, Belém, Rio de Janeiro e Brasília aconteceram no dia 18/05 fortíssimos atos pelo Fora Temer e as reformas, que mobilizaram milhares nas principais cidades do país. Infelizmente as Centrais acabaram de reunir e novamente não marcaram a data da greve geral, facilitando vida de Temer.

Não podemos confiar nessas direções. Paulinho é ligado a Temer. Vários dirigentes do PT e PCdoB aparecem nas delações e querem salvar a própria pele. É preciso intensificar as mobilizações e exigir que as centrais sindicais convoquem imediatamente uma nova Greve Geral para primeira semana de junho. Os trabalhadores e a juventude não podem dar trégua aos corruptos que querem atacar direitos históricos conquistados com muita luta.

Basta de corrupção e ataques aos nossos direitos! Por um plano econômico alternativo!

Está evidente para todos que quem sempre comandou a economia brasileira foram grandes empresas como a Odebrecht e a JBS/Friboi. À base de corrupção, ganharam bilhões nos últimos anos, enquanto os governos que se sucediam enchiam os cofres de seus partidos com as “doações” das empresas. Em troca disso mandavam em todo país, determinando obras, políticas públicas e inclusive cortes de investimentos nas áreas sociais como saúde e educação. PMDB, PSDB, PT, e mais 25 partidos foram financiados por essas empresas e não merecem nenhuma confiança dos trabalhadores.

Para realmente virar o jogo dessa situação, necessitamos um plano econômico alternativo para resolver a grave crise econômica do país que causa desemprego e miséria para o povo trabalhador. Um plano econômico para evitar que os trabalhadores paguem pela crise e que parta da imediata suspensão do pagamento da imoral e ilegítima Dívida interna e externa que só enche o bolso dos banqueiros e empresários corruptos, destinando esses recursos para resolver a crise da saúde, da educação, do desemprego e do transporte; que garanta reposição das perdas salariais e o fim das demissões; que imponha a anulação de todas as Contrarreformas em curso no Congresso Nacional corrupto, como as da previdência, sindical e  trabalhista; para que se ponha na prisão e confisque dos bens de todos os corruptos e corruptores; para estatizar sob controle dos trabalhadores todas as empresas envolvidas na corrupção, como a Odebrecht e JBS/Friboi.

A queda de Temer é iminente está abrindo um vácuo de poder no país. Os partidos e organizações de esquerda tais como PSOL, PSTU, PCB, MAIS, UP, movimentos sociais e entidades como o MTST, a CSP-Conlutas, a Intersindical, o ANDES-SN, FONASEF, a FASUBRA e a Frente de Esquerda Socialista precisam organizar uma grande plenária nacional para debater a construção de uma alternativa política, que se apresente em contraponto tanto à velha direita do PSDB, PMDB e seus satélites quanto às velhas direções lulistas do PT e PCdoB. O que poderia ser feito em Brasília, aproveitado a marcha do dia 24 ou em SP após esse evento.

Fora Temer! Que as centrais sindicais convoquem uma Greve Geral já!

Por um plano econômico alternativo!

Fim das reformas da Previdência, Trabalhista e do projeto das terceirizações!

Prisão para todos os corruptos!

Lutar por um Governo da Esquerda, dos Trabalhadores e do Povo!