Campinas | Mariana Conti, um mandato para fortalecer as lutas!
No último sábado (17), aconteceu a plenária aberta do mandato da recém vereadora eleita, Mariana Conti. Essa é a primeira plenária de muitas que virão, para debater as ações políticas da vereadora radical e feminista. Com muito debate político sobre os rumos do país e da cidade, das lutas e ataques em curso, Mariana foi aclamada como candidata a presidência da Câmara de vereadores de Campinas.
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Uma campanha militante vitoriosa por um mandato a serviço das lutas!
Contra todos os políticos tradicionais que tiveram o financiamento de suas campanhas feitos por grandes empresários e ricaços, a candidatura de Mariana Conti saiu vitoriosa das eleições. Não é só uma vitória eleitoral, mas também uma grande vitória política. O programa e a campanha foram construídos de forma coletiva e contou com a participação de várias correntes do PSOL (1º MAIO/CST/MES), do MAIS e muitos ativistas e lutadores independentes. Aponta que é possível se construir uma alternativa contra o PMDB/PSDB/PT, com a unificação das organizações e companheiros combativos.
Sua campanha foi uma vitória do programa fundacional do PSOL, contra todos os partidos que atacam os trabalhadores, contra o financiamento privado de campanha e por um mandato realmente de luta, conectado com a realidade da população. Um mandato que vá levar os lutadores para dentro da câmara e que, fora dela, vai estar nas greves, ocupações, sendo um megafone das lutas.
É preciso derrotar os ataques do governo Temer (PMDB/PSDB) e construir uma alternativa dos estudantes e trabalhadores, longe do PT
O cenário que nos encontramos é de duros ataques aos estudantes e a classe trabalhadora. Foi aprovada a PEC 55, querem passar uma reforma da previdência e uma reforma trabalhista que retira direitos históricos dos trabalhadores e das mulheres.
Ainda há a reforma do ensino médio e escola sem partido, que visa destruir a escola como espaço de formação crítica dos estudantes e ataca os professores, muitos hoje sem saber se ainda terão emprego.
O governo Temer, governadores e prefeitos tem total acordo entre si para jogar a conta da crise nas nossas costas. Assim como os secundas que ocupam escolas pelo país todo, os universitários e docentes que estão em greve e ocupando suas universidades, os trabalhadores que fazem greve e protesto contra os ataques, em Campinas não paramos de lutar.
Os desafios são grandes, e é necessário muita mobilização para derrotar essas medidas. As direções da CUT/CTB (maiores centrais sindicais do país) e da UNE/UBES (maiores entidades de representação dos estudantes do país), dirigidas pelo PT e o PCdoB, estão comprometidas em não construir uma greve geral para derrotar Temer e seus ataques, porque querem Lula em 2018, e não o Fora Temer já.
Nos estados e nas cidades, esses partidos traidores votam medidas contra o povo junto ao DEM, PMDB, PSDB, PV e os outros partidos da ordem, como no aumento de 26% nos salários de vereadores em São Paulo e pelo fechamento da Secretaria de Cultura no Rio Grande do Sul. Não temos nenhuma ilusão: o único mandato da esquerda combativa em Campinas será o de Mariana Conti, do PSOL.
Da nossa parte queremos Fora Temer já e Lula lá nunca! Queremos uma alternativa real dos trabalhadores e estudantes. Estamos com Conti que vai fortalecer nossas lutas contra o ajuste, e continuar a luta contra a corrupção que sempre travamos na cidade e também a nível nacional, pela investigação dos corruptos e prisão dos seus bens.
Contra o machismo e o ajuste fiscal: Conti na presidência da Câmara
Não vemos que o parlamento pode solucionar as mazelas que nos são impostas e o cada vez mais decrescente nível de vida que nos encontramos. Mas ter dentro da câmara de vereadores uma voz que nos representa e luta contra os poderosos é muito importante, justamente para ser um amplificador das nossas vozes e lutas. Mariana foi a única mulher eleita à vereadora nessas eleições, e de toda a história da nossa cidade é a décima-quinta. A câmara de vereadores é conservadora e machista, um antro dos nossos inimigos. A de Campinas, em especial, já aprovou moções de repúdio a Simone de Beauvoir e de apoio a Donald Trump.
Nesse quadro, é importantíssimo demarcar uma posição combativa que seja um contraponto à retrógrada e corrupta base de apoio do prefeito Jonas. Vamos de Mariana Conti pela presidência da Câmara para lutar contra o ajuste, retirar de pauta todos os projetos de lei contra os trabalhadores,colocar a auditoria do transporte público na ordem do dia e combater os privilégios dos vereadores machistas da nossa cidade. Tendo como eixo de sua presidência como discutido na plenária:
1- De oposição ao governo Jonas e Temer, que não vai realizar nenhuma votação que retire direitos dos trabalhadores.
2- Não colocar em votação nenhum projeto de aumento salarial dos vereadores.
3- Lutar contra o machismo e colocar na pauta do dia a luta das mulheres e suas pautas.
CST – PSOL CAMPINAS