Belém: 5 mil protestaram contra a Pec55 e Temer, apoiando as ocupações e greves das IFES
11 de novembro de 2016, sexta-feira, Dia Nacional de Greves, Protestos e Paralisações no Brasil. Em Belém, logo cedo técnico-administrativos, docentes e estudantes da Universidade Federal do Pará – UFPA – e da Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA – fecharam os portões das instituições para marcar o dia de luta contra a PEC do Fim do Mundo, as contrarreformas da previdência e trabalhista e todo o ajuste fiscal de Temer e do Congresso Nacional corrupto. Ecoou o grito “fora, Temer”.
Pela manhã, se concentravam no bairro de São Brás, no coração de Belém, trabalhadores das universidades em greve, estudantes universitários que ocupam UFPA e UFRA e secundaristas, professores da educação básica estadual que lutam contra o calote que o governador Jatene quer dar no piso salarial, servidores públicos federais de vários órgãos que lutam contra Temer, além de dirigentes sindicais e trabalhadores de outras categoriais.
O ato partiu para a sede do Tribunal de Justiça do Pará e contou também com a presença do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST. O protesto reuniu aproximadamente cinco mil pessoas, sendo um dos mais fortes do país e também o maior dos últimos tempos na cidade, demonstrando o peso das lutas em curso contra os governos estadual e federal.
Ocorreram atos também em várias cidades do interior do Estado do Pará, impulsionados centralmente por estudantes em ocupação e por professores da educação básicas e trabalhadores em greve das universidades.
Direções da CUT e CTB não jogam peso, nem levam suas bases
As direções da CUT e CTB, que dirigem sindicatos importantes como os dos rodoviários, dos bancários, dos trabalhadores dos Correios e dos Urbanitários, estiveram na mobilização sem suas bases. Eles buscam dirigir os atos pela superestrutura, mas não constroem assembleias em seus locais de trabalho, não discutem democraticamente e não convocam seus trabalhadores para a luta real contra o governo de Michel Temer.
Sustentados pelos aparatos sindicais, esses dirigentes ligados ao PT e PCdoB, ainda não saíram de todos cargos de terceiro escalão do governo federal e não são consequentes na luta contra Temer e o ajuste fiscal, pois têm uma estratégia eleitoral: desgastar Temer para voltarem como salvadores da pátria em 2018.
É necessário exigir que CUT e CTB e seus sindicatos joguem peso nos atos, ajudem a unificar as mobilizações e construam uma greve geral, que convoquem assembleias de base democráticas para organizar essa luta e transformar o dia 25/11 em Belém num forte dia de manifestação, além de lotar Brasília no dia 29/11.
Belém do Pará, 16/11/2016
Corrente Socialista dos Trabalhadores – PSOL