#OcupaTudo: universidades, escolas e ruas para barrar a PEC 55 e a MP 746
Os estudantes brasileiros transformaram as suas escolas e universidades em grandes trincheiras de resistência ao ajuste fiscal do governo ilegítimo de Michel Temer. De Norte à Sul do país, as ocupações das escolas e institutos federais contagiaram os estudantes universitários. Assembleias gigantescas repudiam a PEC 55 e a MP 746 e decidem ocupar institutos, campus e Reitorias. Esse exemplo mostra o caminho para derrotar o pacote do Temer. Por isso, é hora de fortalecer as ocupações, unificar e coordenar as lutas, e apontar uma saída diferente, impedindo que a juventude, os trabalhadores e o povo pobre paguem a conta da crise econômica.
Intensificar e massificar a luta para derrotar a criminalização
O governo federal e o Ministério da Educação (MEC), com seus aliados nos governos estaduais, na Justiça e nos grandes meios de comunicação, estão tentando a todo custo isolar as ocupações com criminalização e repressão. Fazem isso porque a maioria da população rechaça esse governo que gasta milhões com jantares e shows enquanto “não tem dinheiro” para educação e saúde. Temer não “desocupa” os corruptos do Congresso, do Senado e dos seus ministérios e, Mendonça Filho, só dialoga com empresários e com estupradores, como Alexandre Frota. Nossa resposta a esses ataques tem que ser intensificando e massificando a luta para disputar a opinião de cada trabalhador e trabalhadora e fazer um chamado para que eles lutem com a gente.
Congelar os gastos com os banqueiros e ricaços
O congelamento de gastos da educação e saúde, a exclusão de Sociologia, Filosofia e Artes do currículo do Ensino Médio e a retirada de direitos trabalhistas e previdenciários não são uma saída para a crise. Essas medidas são parte de uma opção política do governo que provoca um caos social ainda maior para a imensa maioria da população com o objetivo de manter os privilégios de uma minoria de banqueiros, empreiteiros e demais empresários. Devemos apontar outra saída que comece pela suspensão do pagamento da dívida pública, que consome metade do nosso orçamento, a taxação das grandes fortunas, o fim das isenções fiscais para as grandes empresas e multinacionais e o confisco do dinheiro e bens dos empresários e políticos corruptos.
Unificar e coordenar as lutas dos estudantes e trabalhadores
Se o governo tem seus aliados, nós também temos os nossos que, nas universidades, estão realizando assembleias e votando apoio as nossas ocupações. Os técnicos-administrativos já estão em greve na maioria das instituições federais de ensino. Em algumas universidades, os professores também estão em greve e, na maioria delas, votaram paralisação no dia 11 de novembro. Temer é o nosso inimigo em comum e precisamos evitar dispersões. Infelizmente, as direções majoritárias da UNE e UBES (PCdoB/PT) até agora não cumpriram esse papel, assim como as direções da CUT, CTB e MST. Isso tem que ser revisto imediatamente para ajudar a unificar as ocupações e as greves da FASUBRA e SINASEF, rumo a uma greve geral. Por isso, propomos a conformação de comandos de mobilização entre as ocupações, docentes e técnicos a nível local, estadual e nacional para organizar e mobilizar de verdade os calendários de luta unitários com manifestações de rua, a exemplo das manifestações dos dias 11 e 25 de novembro, que irão ocorrer em vários estados, e do dia 29 de novembro, em Brasília.