Esta semana começa a campanha eleitoral. Achamos fundamental fazer o debate político e utilizar nosso voto para fortalecer a luta por direitos. Sabemos que os problemas de fundo do país não serão resolvidos nos processos eleitorais, mas nas lutas. Porém, apoiar candidaturas de esquerda que estejam a serviço das lutas é a nossa tarefa, além de debater os rumos da cidade e do país.

O projeto implementado por Haddad nos últimos 4 anos em São Paulo não nos representa. O prefeito petista ficou de joelhos para a especulação imobiliária, prometeu 55 mil moradias (em um déficit de 250 mil) e não entregou nem 10 mil. Além disso várias vezes ordenou a reintegração de posse de terrenos ocupados por sem teto. No transporte público, Haddad também optou pela subserviência aos mais ricos. Repassou mais de R$2 bilhões em subsídios aos empresários e todo ano tentou, sempre ao lado de Alckmin, aumentar a tarifa, sofrendo sua principal derrota nas Jornadas de Junho de 2013, onde a juventude mobilizada desmascarou o projeto elitista do PT para São Paulo.

Não à toa o atual prefeito tem baixíssima aprovação nas periferias de São Paulo. Por exemplo, entre os trabalhadores que vivem com renda de 0 a 2 salários mínimos, apenas 12% aprovam o atual prefeito.

Marta, Russomano e Dória: faces de uma mesma moeda

Marta foi para o PMDB, de Temer e Cunha, o que por si só já dispensa comentários. Um partido que governou ao lado do PT nos últimos anos e também foi responsável pela crise do país.  Hoje, seu aliado Temer ataca direitos trabalhistas, tem em sua agenda a privatização de setores estratégicos do país e está até o pescoço envolvido em corrupção. Russomano (PRB), está envolvido em corrupção, já foi citado por vários delatores e é apoiado pela reacionária máquina da Igreja Universal.

Já o empresário multimilionário João Dória PSDB), terá como principal cabo eleitoral o responsável pelo caos que vive a educação e a saúde do estado de São Paulo, além de ser o arquiteto do desmonte da USP; o Governador Geraldo Alckmin.

Essas falsas alternativas que se apresentam não representam mudança nenhuma, mas continuidade. Assim como Haddad, são todos defensores do ajuste fiscal que o empresariado e o governo Temer querem jogar nas costas da classe trabalhadora e da juventude. Por isso dizemos: NÃO NOS REPRESENTAM!
 
Vamos com o PSOL! Um voto de protesto!

Para derrotar todos os partidos que governam atacando o povo (PMDB, PSDB, PRB, PT, etc) e enchendo o bolso dos mais ricos, estamos com Erundina prefeita e Celso Giannazi vereador. Queremos um voto de esquerda com o objetivo de fortalecer as lutas. Tendo em vista que o PT há muito deixou de ser de esquerda,  Erundina representa a principal candidatura de esquerda à prefeitura e estaremos em sua campanha. Estaremos em sua campanha para fortalecer a luta  contra a especulação imobiliária, que deixa centenas de milhares de pessoas sem um teto, e para enfrentar o empresariado do transporte, fortalecendo a luta sobre a necessidade de estatizar o transporte e implementar Tarifa Zero nos ônibus de São Paulo.

Celso Giannazi é uma alternativa para quem busca votar em quem colocara o seu mandato a serviço das lutas. O ótimo exemplo qe temos disso é o mandato de irmão Carlos Giannazi, que sempre apoiou ativamente as greves aqui na USP e todas as principais lutas do estado de São Paulo. Ter na Câmara dos Vereadores um mandato que sirva para fortalecer as lutas, assim como Giannazi faz na ALESP, é uma importante tarefa para todos lutadores de São Paulo.

Por essas razões, Erundina e Giannazi são nossas alternativas para quem quer dar um voto de protesto contra os grandes partidos envolvidos nos escândalos da Lava-Jato (PMDB, PSDB, PT, etc), para nós que fizemos greve este ano para lutar contra o desmonte que Alckmin (PSDB) quer impor na USP, para quem luta pelo Fora Temer e o fim do ajuste fiscal, para quem protesta contra o aumento da tarifa do ônibus, para as mulheres que saem às ruas em defesa de seus direitos e para todos que lutam em defesa de uma sociedade justa e igualitária.

Queremos Erundina nos debates!

A lei da Mordaca de Eduardo Cunha foi diretamente voltada contra o PSOL, que encabeçou a luta contra esse corrupto reacionário. A partir da lei de Cunha, o PSOL pode ser excluído dos debates televisivos, mesmo estando muito bem posicionado nas pesquisas. Contra esse verdadeiro ataque à democracia estamos na campanha “Queremos o PSOL nos debates!” exigindo que as emissoras de TV e os outros candidatos aceitem o mínimo: que o PSOL possa se expressar e debater suas propostas as confrontando com as dos outros candidatos.

É escandalosa a postura anti-democrática das candidaturas de Marta Suplicy e João Doria, que já declararam que votarão contra a participação de Erundina nos debates. Caso isso se confirme, construiremos com a candidata do PSOL um grande comício na frente de casa emissora de TV onde estará tendo debate, fazendo um diálogo direto com a população.

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São Paulo, 16 de agosto de 2016 | Corrente Socialista dos Trabalhadores – PSOL