Entidades estudantis lançam nota conjunta em apoio à ocupação da MABE

ESTAMOS COM OS OPERÁRIOS DA MABE EM APOIO À OCUPAÇÃO DAS FÁBRICAS

No último dia 12 a Justiça declarou a falência da MABE, uma multinacional mexicana com produção de eletrodomésticos localizada nos municípios de Campinas e Hortolândia (SP). Em dezembro a empresa já havia demitido 342 funcionários que não tiveram acesso ao seguro-desemprego ou qualquer direito trabalhista. Mas na última segunda-feira (15/02) os operários da MABE – que estão sem receber os salários de dezembro, janeiro, 13º e a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) – ocuparam as duas unidades para impedirem que se retirasse a maquinaria. A MABE contava com 2 mil funcionários e todos estes estão desempregados, sem seus salários, sem direitos, sem acesso ao FGTS e ao seguro-desemprego.

Basta de ajuste fiscal e demissões!

O ano de 2016 se iniciou com um aprofundamento da crise econômica e política no país. O setor produtivo é um dos mais afetados por essa crise, o que se expressa nas “férias coletivas”, nos layoffs e nas demissões em massa, como ocorreu na fábrica da GM em São José dos Campos e na Volkswagem de São Bernardo. O governo Dilma (PT/PMDB) é responsável por uma política de ajuste fiscal que beneficia banqueiros e empresários como os da MABE e joga a conta da crise sobre os trabalhadores. Não à toa o PPE (Programa de “Proteção” ao Emprego) não está impedindo que as empresas realizem demissões, reduziu a carga horária de trabalho com redução dos salários enquanto o governo ainda entrega dinheiro público aos empresários.

Todo apoio à ocupação da MABE

No final de 2015, os estudantes secundaristas ocuparam as escolas e derrotaram o projeto de reorganização escolar de Alckmin (PSDB) e derrubaram o secretário de educação. O apoio massivo da população de São Paulo e a solidariedade de estudantes, trabalhadores, entidades sindicais e estudantis e artistas foram determinantes para garantir essa vitória. Hoje são os trabalhadores da MABE que estão em luta para que tenham seus salários pagos e seus direitos trabalhistas garantidos ocupando seus locais de trabalho. Por isso, é necessária uma ampla campanha de apoio e solidariedade à ocupação da MABE, uma tarefa que também deve ser encabeçada pela juventude. Ajude a fortalecer a luta desses trabalhadores emitindo mensagens de solidariedade através do seu DCE, Centro Acadêmico ou Grêmio Estudantil.

Assinam esta nota:
> Grêmio da ETECAP – Campinas/SP
> Grêmio Estudantil do SIGMA – Águas Claras / Brasília-DF
> Grêmio Estudantil do CECB / Brasília-DF
> Grêmio da ETE Apholpo Bloch – Alternativa / RJ
> Grêmio da Escola Estadual Visconde de Souza Franco – SouFran / Belém-PA
> Grêmio da Escola de Aplicação da UFPA – NPI
> Centro Acadêmico de História – UniCEUB / Brasília-DF
> Centro Acadêmico de Filosofia da UFPA – CAFIL / Pará
> Centro Acadêmico de Comunicação da UFPA – CACO / Pará
> Centro Acadêmico dos Estudantes de Ciências Sociais da UFRGS – CECS
> Conselho Nacional de Entidades de Base em Comunicação Social – CONECOM
> Centro Acadêmico Xico Sá de Comunicação Social > CAXS UFCA
> Diretório Acadêmico Tristão de Athayde de Comunicação Social – DATA UFC
> Diretório Acadêmico de Comunicação Social – DACO UFF
> Centro Acadêmico de Comunicação Social – CACO UFRRJ
> Diretório Acadêmico de Comunicação Social – DACS FIC
> Diretório Acadêmico Charles Darwin – Biologia UFU
> Executiva Nacional de Estudantes de Comunicação Social – ENECOS
> DCE UNIRIO
> DCE UFRGS
> DCE UFMG – Gestão Virada
> DCE UFPA

 

Confira também o vídeo da Juventude Vamos à Luta e CST-PSOL de Campinas em apoio à ocupação da MABE:

TODO APOIO À OCUPAÇÃO DA MABE EM CAMPINAS E HORTOLÂNDIA

TODO APOIO À OCUPAÇÃO DA MABE EM CAMPINAS E HORTOLÂNDIA | Confira o vídeo do Manoel Sousa, militante da Juventude Vamos à Luta e CST-PSOL Campinas! | Na segunda-feira, 15.02, cerca de 2 mil trabalhadores metalúrgicos ocuparam a fábrica de fogões e geladeiras, MABE. Na semana passada foi decretada a falência da multinacional mexicana no Brasil, e os trabalhadores, que agora estão desempregados, estão sem receber o 13º e os salários de janeiro e fevereiro. Hoje fomos na fábrica em Campinas-SP prestar solidariedade aos trabalhadores, pois entendemos que esta luta é uma resposta aos ataques feitos pelo governo Dilma, governadores e patrões. Estes governos aplicam um duro ajuste fiscal sobre a classe trabalhadora, retirando direitos trabalhistas, como foi no ano passado com as MP'S 664/665, a aprovação do "Programa de Proteção ao Empresário" – PPE e que vem preparando mais retirada de direitos com a Nova Reforma da Previdência. O resultado deste Ajuste Fiscal nada mais é do que contínuas demissões em massa, férias coletivas ou lay-off. Assim como os estudantes secundaristas que ocuparam escolas e derrotaram a desorganização escolar de Alckmin, os trabalhadores que ocupam as fábricas da MABE em Campinas e Hotorlândia nos dão o exemplo a ser seguido. Não pagaremos pela crise! Ela é dos ricaços e são eles quem a devem pagar!

Publicado por Vamos à Luta em Terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

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