Governo mantém o parcelamento de 4 anos, mas propõe reajustar benefícios: a saída é construir a greve unificada.
| NOTA DA CST/PSOL
Em nova rodada de reunião com o Ministério do Planejamento e Orçamento (MPOG) no dia 20/07 o governo mantém o vergonhoso parcelamento de 21,3% em 4 anos, e se compromete daqui a há dois anos em rediscutir este índice, caso a inflação não seja a da meta estabelecida. Nesta reunião ainda foi apresentado verbalmente proposta que aumenta os benefícios. O auxilio alimentação, que está há anos sem aumento, seria reajustado pela inflação 9,13%, o auxilio saúde teriam um reajuste médio de 22,8%, já o auxilio creche, que está há 20 anos sem aumento, teria um reajuste de 317%.
É um fato que não há avanço no reajuste salarial, pois o governo mantém a lógica de parcelamento salarial, amarrando os servidores por 4 anos, o que na pratica é um confisco salarial, visto que a inflação já beira os 10%. Entretanto a proposta de reajustar os benefícios se deve a força da greve e mostra o grau de desespero do governo, que está abaixo do volume morto e que fazer de tudo para evitar a greve unificada do serviço publico.
Só a unificação das greves pode derrotar o ajuste!
Diversas categorias estão em greve: docentes e técnicos das universidades e das escolas técnicas federais, judiciário federal, saúde, previdência, trabalho e assistência social. A Condsef marcou data para iniciar a greve em 27/07, apesar das sucessivas manobras da direção da Confederação, a mesma é obrigada a manter o inicio da greve, por pressão da base.
Isso tudo acontece em meio há uma brutal crise política e econômica que se retroalimentam, em meio aos escândalos do Lava Jato, crise econômica e um forte ajuste que visa descarregar sob as costas dos trabalhadores o peso da crise. Sendo a única saída a luta e a mobilização.
Por isso devemos arregaçar as mangas e garantir uma greve unificada de todo o serviço público, fazer como em 2012, uma das maiores greves já vista do funcionalismo público federal. Pois a cada dia, mais categorias se levantam para dizer em uníssono: não pagaremos pela crise do governo Dilma.
Na Condsef cabe a base se rebelar contra a direção governista representada pelo grupo dos Independentes/CUT, como única forma de garantir a greve a partir de 27/07 e evitar as manobras da direção governista.
Cabe a Fasubra, que é dirigida pelos companheiros do Base/PSTU e Vamos a Luta cumprir um papel decisivo nesta greve, garantir de fato a unificação com demais categorias em greve, sem cair no discurso dos governistas de “unidade da Fasubra” e organizar atividades isoladas para tentar arrancar alguma migalha. A única forma de garantir o reajuste salarial e derrotar o ajuste do governo Dilma/Levy é uma luta unificada de todo o serviço público federal. A Fasubra, o Andes, Sinasefe e Fenasps devem ser um pólo impulsionador para ajudar a construir de verdade a unificação de todo o funcionalismo publico federal, com atos de ruas e mobilizações.
Rejeitar a proposta de acordo apresentada pelo governo Dilma,
parcelamento em 4 anos não dá!
Dinheiro para o reajuste salarial, para saúde e educação publicas, não para a Dívida Pública e nem para a Corrupção !
Construir atividades unificadas com demais categorias em greve: Fasubra, Andes, Sinasefe, Judiciário Federal e Saúde Federal.