O PSOL Pará é aliado do povo, não do PT!
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A militância do PSOL ficou surpresa e indignada ao ser informada, pelas redes sociais, que Araceli Lemos, ex-presidente estadual do PSOL-Pa e integrante do Diretório Nacional do nosso partido, participou da abertura do Encontro Estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), realizado no dia 22 de maio último, na sede do sindicato dos Bancários.
A participação no evento não foi definida em nenhuma instância partidária, portanto não expressa a posição do PSOL. Aliás, a postura do partido é exatamente oposta a essa. Já no programa de fundação está bem clara nossa posição sobre Lula, o PT e o governo: “Lula entregou-se aos antigos adversários, e voltou as costas às suas combativas bases sociais históricas. Transformou-se num agente na defesa dos interesses do grande capital financeiro. Na esteira dessa guinada ideológica do governo, o Partido dos Trabalhadores foi transformado em correia de transmissão das decisões da Esplanada dos ministérios”. Esta posição vem sendo ratificada em todos os fóruns do partido, inclusive na última reunião do Diretório Nacional do PSOL realizada nos dias 16 e 17 de maio de 2015, em Brasília, numa resolução aprovada por unanimidade (inclusive com o voto da própria companheira Araceli), que afirma que nosso partido “se constrói como oposição de esquerda programática aos projetos de retorno de Lula e sua estratégia de reciclar o projeto do PT, visando domesticar os setores combativos, tentando impedir o surgimento de uma verdadeira alternativa de luta consequente".
Fica evidente que sua participação nesse evento não representa o PSOL, restringindo-se a uma postura de sua corrente política, a Unidade Socialista (US) que demonstra e pratica uma aliança estratégica com a velha política de Lula, Dilma, Paulo Rocha, Beto Faro, Ana Júlia e Puty.
É impossível qualquer coligação com o PT ou PCdoB que hoje são os principais responsáveis pela aplicação das medidas conservadoras e do pacote de ajuste fiscal. Convém lembrar que Ana Júlia, quando governadora, nada fez de diferente em relação aos governos tucanos de Almir Gabriel e Jatene, tendo até mesmo ordenado a repressão policial a greves e lutas camponesas.
Nós da Corrente Socialista dos Trabalhadores (CST) e da Ação Popular Socialista (APS), correntes internas do PSOL, defendemos a necessidade de seguir nas ruas propondo a mais ampla unidade de ação para derrotar os ajustes do governo Dilma (PT/PMDB), do governo Jatene, do congresso de Cunha e Renan e de governos como o de Zenaldo Coutinho.
Em vez de estar confraternizando com os patrocinadores do arrocho, do Mensalão e do Petrolão, a US deveria estar construindo conosco o dia Nacional de Paralisação (29 de maio) marcado por poderosas greves como a das Universidades Federais (que enfrenta o governo do PT) e dos trabalhadores da Educação (que enfrenta o governo do PSDB).
É neste caminho que podemos construir um polo de esquerda alternativo, de luta e classista, junto aos verdadeiros partidos de esquerda e colados aos movimentos sindicais e sociais independentes.
Belém, 26 de maio de 2015.
Corrente Socialista dos Trabalhadores – CST-PSOL
Ação Popular Socialista – APS-PSOL