Professores de São Paulo em greve contra Alckmin!!!
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Por emprego, condições de trabalho e salário!
Maurício Santos- Comando de greve Taboão da Serra
Sergio Brito – Diretor Estadual da Apeoesp / Unidos Pra Lutar
Desde o dia 13 de março os professores de São Paulo estão em greve para derrotar os ataques que o governador Geraldo Alckmin/PSDB está aplicando na educação. No início de 2015 o governador fechou 3.500 salas de aula. Isso fez aumentar ainda mais a quantidade de alunos por sala. Em todo o Estado encontram-se turmas com até 80 alunos. A diminuição das salas, também ocasionou que vários professores efetivos e categoria “F” tivessem que pegar aulas em 2, 3 e até 4 escolas para fechar sua carga horária. Essa situação atingiu também os coordenadores pedagógicos que perderam o cargo com a redução do número de salas de aula. Achando pouco, no final do ano passado, o governador demitiu 21 mil professores temporários (categoria “O”), colocando novamente em vigor a lei da duzentena (após 2 anos de contrato o professor temporário fica 200 dias sem trabalhar, medida do governo para não caracterizar o vínculo empregatício). A duzentena estava suspensa por meio de liminar desde a greve de 2013.
A greve continua. Geraldo a culpa é sua!
Na Assembleia geral do dia 27 de março, mais de 60 mil professores, na Av. Paulista, aprovaram a continuidade da greve por tempo indeterminado, até que o governador atenda as reivindicações da categoria em luta por ensino público de qualidade que passa pela reabertura das salas de aula fechadas; o desmembramento das salas super lotadas; fim da “duzentena” ou “quarentena”; aumento salarial de 75% para obter equiparação com as demais categorias com formação de nível superior do funcionalismo estadual; implantação da jornada do piso; transformação do bônus em reajuste salarial; aumento do vale-transporte e vale-refeição.
Governo tenta desmoralizar o movimento.
Já são mais de 172 mil professores em greve, o que significa 75% da categoria, segundo os levantamentos das subsedes da APEOESP. O governo tenta esconder esse número, o secretario de educação falava de 2,5% de adesão, o governador Geraldo Alckmin declarou que "não está tendo greve". No dia 27.03 a polícia noticiou que apenas 2 mil professores estavam presentes na assembleia, quando eram mais de 60 mil fechando a avenida Paulista, coração financeiro do País.
O governador mantém sua postura intransigente e não apresentou nenhuma proposta para os professores. Lançou comunicados ordenando aos diretores, dar faltas aos grevistas e substituí-los por professores eventuais, o que é ilegal. Essa postura só mostra o desespero do governo e que a greve está bastante forte.
A greve cresce nas escolas e ganha apoio da população.
Na assembleia que deflagrou a greve compareceram em torno de 10 mil professores. Na segunda participaram mais de 30 mil professores que seguiram em passeata na chuva em plena Av. Paulista até a Praça da República, terminando o ato com 40 mil professores. A terceira assembleia iniciou com 60 mil professores, chegando a mais de 70 mil ao final da passeata. A imprensa, a contra gosto, está mostrando que a greve se fortalece e tem escolas 100% paralisadas.
Pais de Alunos apoiam a luta.
Muitas passeatas envolvem além dos professores, pais e alunos. A comunidade vem apoiando a luta justa dos professores. Em muitas escolas alunos tem protestado contra a precariedade da educação pública e ajudado nos piquetes. Os pais não estão mandando os alunos para as escolas em demonstração de apoio ao movimento.
Os comandos de greve garantem a unidade do movimento.
Em várias regiões os professores estão parando espontaneamente e saindo com os seus colegas a parar outras escolas. Em Embu Guaçu os docentes começaram a organizar comandos independentes do sindicato e a parar as escolas. Em todo o município já existem muitas escolas 100% paralisadas. Na região de Taboão da Serra e Embu das Artes o comando de greve da Unidos Pra Lutar que começou com 10 pessoas já passa de 30. Em cada escola vão se somado novos grevistas ao comando. Em Jacareí onde por responsabilidade da direção sindical os professores não possuem tradição de greve tem ocorrido atos e passeatas e conseguido a adesão de mais professores à greve.
Unidade da categoria para derrotar os planos de ajuste de Dilma/Alckmin. Contra o imobilismo da burocracia governista da Apeoesp.
A presidente Dilma/PT e o governado Alckmin/PSDB comungam do mesmo projeto de passar a conta da corrupção e da crise econômica para o bolso do trabalhador. No início do ano Dilma cortou verbas das áreas sociais, aplicou um tarifaço nas contas de energia, água e aumento dos combustíveis, achando pouco Alckmin decretou reajuste zero para o funcionalismo. Nas assembleias temos presenciado o grito de “Fora Bebel”. A direção majoritária do sindicato é formada pelo PT, PCdoB, que na figura da presidente, Maria Izabel (PT), tem traído todas as greves, desrespeitando a vontade da categoria ao fechar acordos com o governo que vão contra as necessidades dos docentes. Os professores não confiam na atual direção sindical que ao invés de organizar a luta contra o plano econômico do PT/PMDB/PSDB chama a defender o governo corrupto petista.
Nenhuma confiança deve ser depositada nos governos do PT/PMDB/PSDB, nem na direção governista da APEOESP, nós professores de SP devemos acreditar em nossas próprias forças, ampliar os comandos de greve por região, pedir o apoio dos pais e alunos e continuar a luta até a vitória. Seguir o exemplo dos professores do Paraná que derrotaram o governo Beto Richa, PSDB na sua tentativa de retirar direitos do funcionalismo público e deram um grande passo na defesa da educação pública, gratuita e de qualidade