Todo apoio à greve dos professores de Macapá!
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Os professores de Macapá estão em greve por melhores salários. É uma luta justa e que tem apoio popular, pois a melhoria na qualidade da educação foi uma das pautas centrais da jornada de junho de 2013. A greve integra a luta nacional contra o ajuste fiscal de Dilma, dos Governadores e prefeitos que cortam verbas das áreas sociais e atacam os direitos trabalhistas. Além disso, integra a cidade na onda de greves da educação que ganhou força desde a heroica luta dos professores do Paraná. Agora mesmo estão em greve professores de São Paulo e de outros estados.
Localmente os professores demonstram seu descontentamento com a administração de Clécio. O recado é evidente: as condições de trabalho continuam precárias e a valorização salarial não ocorreu. A frustração se transformou em revolta.
Não temos dúvidas. O PSOL deve apoiar a greve. Nosso partido foi fundado para estar ao lado dos trabalhadores. Clécio foi o primeiro prefeito do PSOL numa Capital e não poderia fugir da responsabilidade que lhe foi confiada. Para ser fiel ao sentimento de mudança expresso nas urnas, fez falta uma política alternativa, de esquerda e anticapitalista. Era preciso que o prefeito continuasse nas greves, atacasse os interesses dos empresários e ricos da cidade, colocasse seu mandato a serviço do fortalecimento de Assembleias Populares, e utilizasse a administração para fortalecer um polo de oposição de esquerda ao governo central, combatendo seus planos de austeridade e a corrupção de Dilma/Temer. O que não ocorreu. A administração de Macapá nasceu sob o signo de coligações e acordos com partidos burgueses. Clécio e o Senador Randolfe não escondem suas relações com setores da burguesia local.
Não podemos admitir que a única resposta do prefeito aos grevistas seja a de jogar a culpa nos cortes dos repasses federais. Clécio prometeu melhorar o piso salarial dos trabalhadores, porém não construiu nenhuma medida efetiva na cidade contra os cortes de verbas de Dilma/Levy. Nunca fez nenhum movimento contra a Lei de Responsabilidade Fiscal e sempre buscou ótimas relações com o governo federal. Um prefeito do PSOL deveria abrir as contas da prefeitura e deliberar com os grevistas o que fazer. Deveria ter mobilizado a cidade durante os protestos do dia 15, colocando a administração de Macapá a serviço da construção de uma Greve Geral.
Não fundamos o PSOL para sermos tragados pela máquina burocrática estatal e sua falsa democracia. Não vencemos eleições para governar para os mesmos de sempre. E, agora, tudo isso está em jogo. Ou se atende às reinvindicações dos trabalhadores ou se comete uma traição de classe na cidade. Nós estamos com os trabalhadores, defendemos a greve como um movimento legítimo, que não deve ser criminalizado nem sofrer nenhum tipo de manobra. O diretório nacional do PSOL deveria, rapidamente, avaliar a situação política nacional e os desdobramentos do dia 15/4 e, ao mesmo tempo, tratar da situação de Macapá. O diretório deve votar uma resolução em favor dos grevistas e do atendimento da pauta dos trabalhadores da educação. A tarefa dos trabalhadores, da juventude e do povo de Macapá é cercar de solidariedade essa greve. A tarefa dos sindicatos, DCE’s, Associações, é dar apoio concreto ao movimento.
CST-PSOL