DIA 28/01: Tomar as ruas contra o ajuste fiscal do governo Dilma
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No dia 28/01 está sendo convocado pelas Centrais Sindicais do país como um dia de luta nacional, com atos nos estados, após o governo “ignorar” seus próprios compromissos de campanha. Nesse dia os(as) trabalhadores(as) devem protestar contra as medidas do governo Dilma que contrariam as necessidades dos trabalhadores. Não aceitaremos a mini-reforma trabalhista e previdenciária que através das medidas provisórias (MPs) 664 e 665 atacam o direito dos trabalhadores de ter acesso a seguro desemprego, abono salarial (PIS/PASEP), auxilio doença, pensões, etc. Tudo isso para fins de superávit primário (política econômica do governo) para pagar a Dívida Pública (dívida interna e externa) para banqueiros e patrões.
A vaca Tossiu – abaixo o tarifaço
Em 2014, quando ainda candidata à reeleição para Presidência, Dilma afirmou que “nem se a vaca tossisse” ela mexeria nos direitos dos trabalhadores. Nem bem assumiu seu segundo mandato, em menos de um mês, a vaca não só tossiu como a Presidente reeleita vem praticando um dos maiores estelionatos eleitorais de nossa história.
Contando com a cumplicidade de governadores e prefeitos de todos os partidos, reajustou o preço da gasolina, do transporte, da energia elétrica e da água, aumentou os juros do crédito, um verdadeiro tarifaço! Despejando sobre as costas dos trabalhadores o pagamento da crise econômica atual, além de retroalimentar o “dragão” da inflação que vem engolindo nossos salários todos os meses. Mas não somente isso, em parceria com a patronal os governos estaduais tem facilitado demissões e criminalizado greves e protestos como por exemplo as demissões de 42 trabalhadores do metrô de SP no ano passado. Uma política que acaba de ser derrotada nas eleições Gregas com o voto anti-ajuste que deu a vitória ao Syriza.
Seguir o exemplo dos metalúrgicos da Volks
Passando por cima da direção sindical na assembleia de 02/12, quando rejeitaram o acordo pactuado entre a direção do sindicato e os patrões, os operários das Volks de São Bernardo do Campo (ABC Paulista) sentiram a força que possuem. Após a empresa demitir 800 trabalhadores, paralisaram a fábrica 100%, fizeram uma passeata com mais de 20 mil pessoas e conquistaram a readmissão de todos os demitidos em janeiro. Os metalúrgicos dessa montadora, em 10 dias de greve, derrotaram a patronal, a direção do sindicato e o governo em uma clara demonstração de que só com a luta se pode conquistar.
A disposição de luta dos trabalhadores da Volks, a solidariedade que a greve despertou em outras categorias e na população, também demonstrou que só com a unidade dos trabalhadores é possível derrotar o pacote de maldades da presidente Dilma.
Unidos somos fortes e derrotaremos o ajuste fiscal do governo
Nesse dia nacional de luta e mobilização estaremos unindo forças para organizar a luta e a resistência contra a política de ajuste fiscal de Dilma/governadores e prefeitos.
Não é com conselhos e conversas, como querem fazer as Centrais Sindicais que faremos o governo Dilma e a patronal recuarem em suas medidas de ajuste. É preciso romper os pactos e acordos com o governo que atacam os direitos dos trabalhadores, confiar na disposição de luta e seguir o exemplo da vitoriosa greve dos trabalhadores da Volks! É necessário unificar as campanhas salariais e coordenar os protestos que estão em curso no país, exigir do governo e dos patrões reajuste geral de salários, garantia no emprego, melhorias nas condições de trabalho e valorização profissional.
Exigimos da CUT e das demais centrais a continuidade da luta por meio de uma efetiva jornada de mobilização amplamente discutida na base por meio de assembleias e organizada através de plenárias estaduais de sindicatos em luta, unificando ações com movimentos de juventude como o MPL ou populares como o MTST. Essa é uma forma de corrigir os problemas do dia 28/01, que foi pouco organizado, divulgado e não foi convocado como um efetivo dia de paralisações das categorias.
Nós trabalhadores não pagaremos pela crise. Ao invés de cortar direitos dos trabalhadores, exigimos que os banqueiros sejam atacados. Parando de pagar a Dívida Pública é possível garantir emprego, reajuste salarial, educação, saúde, moradia, transporte, serviços públicos de qualidade e vida digna.
CST/PSOL – UNIDOS PRA LUTAR – VAMOS À LUTA