ESPETACULAR TRIUNFO DA ESQUERDA NA GRÉCIA
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Uma explosão de alegria sacode o povo grego após ter derrotado o candidato da troika nas eleições de domingo 25 de janeiro votando em Syriza. Esta alegria percorre o mundo, pois o povo trabalhador e as classes medias dos setores mais empobrecidos, aqueles que estão sentindo nas costas os planos de ajuste iguais ou similares aos impostos ao povo grego, compartilham o sentimento de esperança e esperam reproduzi-lo nos seus países. Por esse motivo é que parabenizamos o povo e os trabalhadores gregos.
Não é para menos. Após anos de crise política e econômica imposta pela UE liderada pela Ângela Merkel junto com os governos subservientes e a grande burguesia grega que levaram à miséria e ao desemprego milhões de pessoas, depois de ter realizado 20 greves gerais e paralisações, mobilizações e atos de todo tipo, os gregos falaram alto para afirmar: BASTA DE AUSTERIDADE! e votaram em Syriza encabeçada por Alexis Tsipras.
Votaram pelo partido que propôs enfrentar o ajuste, aumentar os salários e anular as reformas trabalhistas anti operárias. Foi um claro voto contra a troika, contra o Memorando, o FMI e contra os candidatos e partidos que os representavam: Nova Democracia e os falsos socialistas do Pasok.
Mas o povo tem que se manter alerta e mobilizado. No Brasil temos o triste exemplo do PT e do Lula, que se elegeu em 2002 prometendo acabar com a miséria, a fome, as privatizações, o desemprego, mas governou e seu partido continua governando para os patrões e multinacionais, aplicando agora através da presidente Dilma um feroz plano de ajuste similar aos que aplicou a troika na Grécia.
Por estes antecedentes, não vemos que a burguesia imperialista europeia ou norte americana tentarão uma saída parecida com a que fizeram contra Chávez na Venezuela em 2002. Mas com os exemplos do PT e de outros partidos ou movimentos que foram de esquerda buscará negociar para cooptá-los como fizeram com Lula e o PT, hoje absolutamente domesticados. Por esta razão preocupam algumas declarações de altos dirigentes que falam em “negociar” ou em “respeitar as obrigações assumidas pela Grécia” no âmbito da União Europeia.
Mas do que nunca então, o povo deve continuar com a mesma garra, se mobilizando para impor as saídas de fundo pelas quais anseia e votou. Cabe ao novo governo de Syriza honrar o mandato dado pelo pelos trabalhadores e o povo, romper com o pagamento da injusta e imoral dívida externa, o que levará inevitavelmente ao rompimento com a União Europeia e romper com o Memorando para avançar em outras medidas anticapitalistas. Essa e a única garantia para ter emprego e salário digno, saúde aposentadoria e educação de qualidade, caso contrário a experiência histórica e recente demonstra mais uma vez que não existe outro caminho intermediário.
VIVA A LUTA E O TRIUNFO DO POVO GREGO!
CORRENTE SOCIALISTA DOS TRABALHADORES – CST/PSOL – 26-O1-2015