DCE Unirio: Por uma PLENÁRIA UNIFICADA DOS DCEs, CAs, DAs e movimentos sociais

para combater os aumentos das passagens e os arrochos contra a população! |

No dia 07/01, o DCE Unirio publicou a nota abaixo, realizando um chamado a todos os DCEs, CAs, DAs e movimentos sociais do RJ para uma plenária que, unificando as lutas dos estudantes, da juventude e dos trabalhadores do estado, discuta o combate ao aumento das passagens e dos ataques dos governos Dilma e Pezão.

Nós do Vamos à Luta e a Juventude da CST-PSOL reforçamos esse chamado do DCE da Unirio, também convocando que os movimentos e coletivos organizados de juventude como o Juntos!, o Rebele-se, o RUA, a JSOL, o Construção, a UJC etc., além do conjunto da Oposição de Esquerda da UNE e da ANEL, se somem a essa proposta para construir nacionalmente uma agenda de lutas contra os ataques em unidade com os movimentos sindical e populares, através de uma plenária nacional "contra o ajuste" ou "contra a retirada de direitos" com todas e todos que queiram articular ações concretas contra as medidas do governo Dilma, dos governos estaduais e dos patrões.

Vamos à Luta!

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"Por uma PLENÁRIA UNIFICADA DOS DCEs, CAs, DAs e movimentos sociais para combater os aumentos das passagens e os arrochos contra a população! Unificar as lutas da juventude e dos trabalhadores no Rio de Janeiro!

O ano de 2015 já começou com a luta contra o aumento das passagens de transportes em diversas cidades pelo país. Aqui no Rio, o prefeito Eduardo Paes (PMDB/ PT), aumentou as passagens de ônibus para R$3,40, indo contra recomendação do Tribunal de Contas e do Ministério Público. Junto com ele, o governador Pezão (PMDB) já garantiu o aumento dos trens e das barcas. Sabemos o quão essencial é o transporte público para trabalhadores e estudantes das escolas e Universidades, mas está cada vez mais difícil para muitos pagar a passagem. Se existe um limitado passe livre universitário no âmbito da cidade do Rio, nem isso existe em âmbito estadual, e o preço do bilhete único subirá para R$5,90.

Nesse ano, será necessário fazermos muita luta para conquistarmos nossas pautas. O orçamento de 2015 do governo Dilma (PT/ PMDB/ PCdoB), não prevê nenhum aumento nos gastos com saúde e educação. Mas prevê aumento dos gastos com a dívida pública, que vai consumir quase 48% do orçamento. Logo após as eleições, o governo federal aumentou os juros e autorizou os aumentos da energia elétrica e dos combustíveis, prejudicando a população. Além disso, compôs seus ministérios com figuras como Joaquim Levy, do Bradesco, Kátia Abreu, do agronegócio, Kassab do reacionário PSD. Dilma, Levy e equipe econômica, já anunciaram um baita ajuste fiscal para esse ano, cortando verbas das áreas sociais como saúde e educação, retirando direitos dos trabalhadores, congelando salários e seguindo com a política de privatização, como tem feito nos hospitais federais com a EBSERH. Além disso, o escândalo de corrupção da Petrobrás escancarado com a Operação Lava Jato serviu para mostrar a fortíssima relação entre grandes empresas e o poder público. Foram presos os presidentes das maiores empreiteiras do Brasil, como a OAS e Camargo Côrrea, e citados no processo desde o ex-governador Sérgio Cabral a ex-ministros de Dilma. As mesmas empresas que financiam as campanhas políticas de todos os partidos da ordem. O governo diz que não tem dinheiro, mas os parlamentares aumentaram seus salários e o da presidente em 20%, passando a receber mais de 30 mil reais, enquanto nossas bolsas continuam num valor bem abaixo do pequeno salário mínimo.

Essa política econômica do governo federal, governadores e prefeitos, tem reflexo direto nos problemas que enfrentamos diariamente nas Universidades, com a infraestrutura precária, falta de professores e assistência estudantil. Enquanto trilhões vão para os banqueiros e empresários através da dívida pública, apenas 3,5% vão para a educação. Em um dia, o governo gasta mais com o pagamento de juros da dívida do que com o orçamento de dois anos para a assistência estudantil das Universidades federais. É por isso que apenas um terço dos que entram na universidade pública conseguem sair com diploma.

Só poderemos conquistar bandejões, aumento dos valores das bolsas, moradias e creches universitárias, mais verbas públicas para educação e passe-livre de verdade, sem restrições, para todos os estudantes, se combatermos essas políticas econômicas de forma unificada, colocando em movimento o conjunto dos estudantes de nossas universidades e escolas e lutando conjuntamente com os trabalhadores e setores populares.

Infelizmente, a direção majoritária da UNE (UJS-PCdoB/Kizomba-PT), ao invés de estar ao lado dos estudantes, está preocupada em defender os governos que precarizam a vida da juventude e estão metidos nos escândalos de desvio de dinheiro público! Por isso, lutamos por um movimento estudantil independente do governo e que se coloque na luta contra o ajuste fiscal.

Nós do DCE da UNIRIO achamos que é fundamental seguirmos o exemplo da luta dos estudantes mexicanos e da juventude negra nos Estados Unidos. Por isso, nos somamos à convocatória do ato do dia 09/01 contra o aumento das passagens de ônibus. Em 2013, a experiência do Fórum de Lutas mostrou a nossa força e foi possível um movimento de massas que barrou o aumento das passagens. Sabemos que nossa mobilização será fundamental. Portanto, propomos uma plenária geral de todos os DCEs, CAs, DAs e movimentos sociais combativos do estado do Rio de Janeiro, unificado todos aqueles que querem lutar contra os aumentos das passagens, contra os cortes de verbas da saúde, educação, contra a privatização dos Hospitais Universitários, por mais verbas para assistência estudantil, pelo fim dos processos contra os 23 perseguidos políticos, pela tarifa zero com estatização dos transportes!

DCE Unirio"

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