Alckmin demite metroviários na véspera de Natal!
| CST-PSOL – São Paulo
A canalhice do governo tucano não tem limites. A demissão de 23 metroviários grevistas que já haviam sido reintegrados foi feita na véspera de Natal. A liminar que garantia à readmissão dos companheiros foi cassada pela desembargadora Iara Ramires da Silva Castro, a partir de um mandado de segurança do próprio Metrô. A mesma desembargadora havia cassado recentemente outra liminar que havia reintegrado outros 10 metroviários demitidos na última greve.
Essa retaliação contra os que lutam vem do mesmo governo que comandou o esquema de corrupção no Metrô e na CPTM e foi reeleito com financiamento das mesmas empresas indiciadas neste esquema de corrupção. Pelo mesmo governo que é responsável pela falta de água em diversos bairros da capital e do interior do estado.
A criminalização dos lutadores é uma forma de preparar o ajuste contra os trabalhadores
Em 2015, a burguesia e seus representantes políticos lançaram um duro ajuste contra os trabalhadores. Como parte desse processo, podemos citar o aumento da energia elétrica, da gasolina e mesmo da taxa de juros, que foram promovidos pelo Governo Dilma. As demissões em massa na indústria, como por exemplo na Volkswagen de São Bernardo, também são parte do ajuste. Além disso, podemos citar o aumento da tarifa que foi recentemente articulado por Alckmin e Haddad
Só para o orçamento de 2015, o governo federal prepara um corte que pode chegar a R$100bi e vai atingir sobretudo as áreas sociais. Para aplicar esse ajuste, os governos sabem que é preciso criminalizar aqueles que lutam e podem organizar a resistência contra os ataques que virão. Neste sentido nossa luta pela reintegração dos demitidos do Metrô é parte de uma luta mais geral contra a criminalização dos movimentos sociais, pelo direito de greve e de resistência contra os ataques que nossa classe vai enfrentar.
É preciso construir uma ampla campanha unitária pela Reintegração de todos demitidos!
As demissões dos metroviários sao parte dos ataques dos governos ao transporte público.
No atual momento político, as demissões se combinam com o aumento da tarifa de metrô, trem e ônibus, além do decreto em que Haddad possibilitou que as empresas de ônibus não sejam mais obrigadas a dispor de cobradores, abrindo a possibilidade de demissões em massa. Esses três ataques contra os trabalhadores devem ter uma resposta unitária.
Neste sentido, o fortalecimento do espaço que se formou na reunião ocorrida no último dia 29 no Sindicato dos Metroviários onde estavam presentes diversas entidades e movimentos (Unidos pra Lutar, CSP-CONLUTAS, Movimento Passe-Livre, Juntos, Vamos à Luta, ANEL, SINTUSP, etc.) aponta o caminho para resistir de forma unitária a estes ataques. Articular a campanha na base da categoria também é fundamental para impormos pela nossa luta a volta dos companheiros aos seus postos de trabalho.