SEGUIR O EXEMPLO DA JUVENTUDE DA USP!

Unificar as lutas da juventude e as greves dos trabalhadores! | Vamos à Luta

No dia 21/05, uma quarta-feira marcada por diversos piquetes em todo país, os professores, funcionários e estudantes da USP votaram greve a partir de 27/05. Os professores e técnicos da USP entram em greve devido ao congelamento salarial proposto pelo governo Alckmin (PSDB) e o Conselho de Reitores (Cruesp) das Universidades paulistas: USP, Unicamp e Unesp. Na Unicamp, os técnicos entram em greve a partir do dia 23/05; professores e estudantes ainda vão realizar suas assembleias. Na Unesp, cinco campi já tem indicativo de greve de professores, técnicos e estudantes.

São Paulo vai parar! Unificar rodoviários, professores, metalúrgicos, MTST, Universidades!

As greves e lutas que sacodem todo o país atingem São Paulo com força. Os rodoviários paralisaram por dois dias essa semana por não aceitarem o acordo que o sindicato fechou com as empresas, um processo muito parecido ao que acontece no Rio de Janeiro por meio de uma rebelião de base e a revelia da direção pelega do sindicato. Nesta quinta, a greve dos rodoviários se espalhou para outras cidades da região metropolitana. Os professores da rede municipal, em greve há um mês, realizam fortes atos que paralisam as ruas da capital. Metalúrgicos realizam paralisações, por distintas razões, em São Paulo, ABC e Campinas. Os metroviários estão em estado de greve. Com diversas ocupações, o MTST realizou em 08 e 15/05, diversos atos e piquetes na cidade; e nesse dia 22, um ato unificado com cerca de vinte mil pessoas. Agora, tudo se encaminha para uma greve geral na USP, Unicamp e Unesp na próxima semana. O que todas essas greves e mobilizações tem em comum é a luta contra o arrocho salarial de Dilma, Alckmin e Haddad, o questionamento aos gastos bilionários e a especulação imobiliária da Copa da Fifa. Devemos cercar de solidariedade os grevistas e lutadores, seus piquetes, passeatas e ocupações e denunciar a criminalização a qual estão submetidos por parte dos poderosos e da mídia: “quadrilhas” são os políticos e empresários que estão “sabotando” o povo por meio da elevação do preço dos alugueis e do transporte caótico superlotado e caro. Eles é que são “caso de polícia” na máfia do transporte, contratos da Petrobras, Cartel do Metro e mensalões. É necessário unificar todas essas lutas e coordenar as greves em curso para pressionar os governos e os patrões e obter conquistas. Exigimos que a CUT e demais centrais sindicais abandonem todos os pactos com os governos e patrões e proponham a coordenação das greves e lutas em curso para construirmos uma greve geral. Esse é caminho para construir uma greve geral em São Paulo.

Seguir o exemplo nas Universidades federais

Nas Universidades federais, segue a greve dos servidores técnicos-administrativos, paralisados há mais de dois meses, com muita radicalização e importantes atos e atividades, como a Caravana à Brasília, apesar da intransigência do governo Dilma ao não negociar. Diversos outros servidores federais também entraram em greve no último mês como o Sinasefe e a Cultura. Nesse dia 21, dia de paralisação nacional do Andes, ficou demonstrada a importância de unificar os três segmentos das Universidades. Por isso, é necessário que o Andes conflua com a greve da Fasubra, a exemplo da greve geral da USP; o que fortaleceria ao movimento estudantil combativo a realizar uma greve nacional estudantil pela base como em 2012.

A Juventude de todo país tem que fazer como na USP!

Os estudantes da USP, em assembleia que reuniu mais de 800 ontem, deram o exemplo nacional ao votar greve em apoio aos professores e funcionários e pelas suas pautas locais. Logo após a assembleia, os estudantes saíram em ato em apoio à paralisação dos rodoviários de São Paulo, caminhando até o Terminal Butantã com faixas e cartazes em apoio aos rodoviários e reivindicando a estatização dos transportes sob o controle dos trabalhadores, entre outras pautas.
Se os estudantes da USP mostram o caminho, a direção majoritária da UNE (UJS/PCdoB e PT) está na contramão das lutas, greves e mobilizações que estão acontecendo no país. Estão do lado dos governos que arrocham os salários dos trabalhadores e defendem a Copa do Mundo da Fifa que só favorece os grandes empresários e empreiteiras. Por isso, é fundamental construir pela base uma nova direção pra juventude.

Se em junho de 2013, foi a juventude que tomou as ruas no país inteiro contra os aumentos das tarifas de ônibus, hoje são os trabalhadores, com suas greves, paralisações e piquetes, que estão em cena. Por isso, o papel da juventude combativa de todo o país tem que ser confluir com a classe trabalhadora em todos os espaços. Devemos realizar assembleias em todas as Universidades e escolas para divulgar a batalha em curso na juventude de São Paulo e votar apoio a greve estudantil da USP e as demais lutas.

Maio de 2014
Vamos à luta – Juventude classista!