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As chuvas de março voltaram a “atacar” no estado do Rio de Janeiro. Novamente deslizamentos, enchentes, mortes e desaparecidos. Milhares de pessoas completamente desesperadas. Em 2011, quando houve a maior tragédia já vista na região serrana, deixando mais de 1000 mortos e desaparecidos, o governador Sérgio Cabral disse que a única alternativa era rezar para que as chuvas parassem, lamentando a tragédia. Passados dois anos os mesmos problemas e agora a “culpa” é dos moradores. Assim disse a presidenta Dilma, culpando as pessoas que insistem em morar em áreas com perigo de deslizamento.

“A gente só fica em área de risco porque não tem para onde ir”

Assim respondeu uma moradora da cidade de Petrópolis. A responsabilidade nesse caso é exatamente do governador Sérgio Cabral e da presidenta Dilma.

Naquela ocasião, o governo federal e o estadual prometeram a construção de 6 mil casas populares para abrigar as vítimas das chuvas e até hoje nenhuma foi entregue. As casas seriam feitas pelo Estado do Rio com verba federal. Nada foi feito e a história se repete querendo por a culpa nas vítimas dos desastres.

O promotor de Justiça Carlos Frederico Saturnino, da Promotoria de Meio Ambiente ajuizou 13 ações com pedidos liminares (de urgência) para que fossem realizadas obras de prevenções de acidentes. O governo Sérgio Cabral recorreu para não ter que realizar as obras alegando que não era sua responsabilidade. Segundo o Promotor o Estado é responsável pelo o que pode acontecer.

Já no plano federal, dos R$ 4,4 bilhões do orçamento da União de 2012, para prevenção de acidentes naturais, o governo Dilma utilizou apenas R$ 1,3 bilhão, ou seja, menos de 30%, segundo dados divulgados pela imprensa nacional. Mas para pagar os agiotas do sistema financeiro foram gastos em 2012 nada menos que R$ 760 bilhões.

Portanto, fica claro que os responsáveis pelas tragédias não são a chuva e nem as vítimas. Infelizmente o verdadeiro responsável é a falta de investimento de Sérgio Cabral e Dilma.

É importante unificar e organizar todas as vítimas e buscar o apoio da população, pois devemos exigir o envio imediato de verbas para os atingidos, para moradia aos que continuam em áreas de riscos, para alimentos, roupa e remédios.

Toda a verba enviada pelo governo federal e pelo governo estadual para o socorro e para a prevenção deverá ser controlada pelas próprias vítimas, pois já temos a triste experiência dos políticos que roubam até o dinheiro que deveria servir aos que sofreram com a tragédia.