Encontro internacionalista em Istambul

| UIT-QI

Nos dias 2, 3 e 4 de novembro, em Istambul, se realizou um importante evento internacional de organizações socialistas revolucionarias. O encontro foi finalizado com um ato no domingo 4, organizado pela Frente Operária da Turquia, que foram os anfitriões do evento. Foı um ato de solidariedade internacional com a greve grega de 6 e 7 de novembro e a greve europeia de 14 de novembro (14N), a revolução síria e todas as lutas do mundo. Também foi o espaço de apresentação do Comitê de Coordenação UIT-QI e CEI, um grande passo para a unidade dos revolucionários do mundo.

O Encontro internacionalista foi impulsionado pela Luta Internacionalista (LI, Estado espanhol) e Frente Operária (FO, Turquia) integrantes do Comitê de Enlace Internacional (CEI). Participou uma delegação da Unidade Internacional dos Trabalhadores-Quarta Internacional (UIT-QI), integrada por Rosi Messias e Miguel Sorans, membros do Comitê Executivo, juntamente com dois representantes do KRD de Alemanha, organização simpatizante da UIT-QI. Os companheiros da Organização dos Comunistas Internacionalistas de Grécia (OKDE) assim como o Grupo Socialista Internacionalista da França (GSI), assistiram o evento como observadores.

A pauta da reunião e os debates foram centrados na situação da crise capitalista europeia e a luta dos trabalhadores e da juventude contra as políticas de austeridade de seus governos; as revoluções do Norte de África, em especial como continuar apoiando a revolução síria; e sobre Venezuela e o falso Socialismo do Século XXI de Hugo Chavez.

O ponto sobre Europa e o chamado a greve de 14N, foi informado por Joseph Luis de Alcázar, da Luta Internacionalista; Atakan Ciftci, da Frente Operária, foi o encarregado de apresentar o tema sobre a revolução árabe e síria. Miguel Sorans, da UIT-QI, deu o informe sobre Venezuela.

Ao longo de dois dias de discussões e debates se resolveu lançar uma campanha de apoio a greve grega de 6 e 7 N e a de 14 N com mobilizações em toda Europa. Na declaração final se assinalou que: “Os planos são coordenados centralmente pelos governos da troika (UE-BCE-FMI) e a resistência a estes planos deve ser internacional. Este caráter internacionalista cresce na consciência dos trabalhadores. A aprovação pelo Parlamento grego de um memorando é o passo seguinte para a aplicação das medidas. Os sindicatos gregos estão convocando jornadas de greve geral para os próximos dias 6 e 7 de novembro. A primeira responsabilidade dos sindicatos europeus e converter esta luta dos trabalhadores gregos em uma mobilização de toda a classe trabalhadora europeia. Uma derrota dos planos da troika será crucial para o futuro de toda a luta de resistência dos trabalhadores de toda a Europa e abriria uma crise política profunda na Grécia e no conjunto da UE. Chamamos a manifestar a solidariedade com a luta dos trabalhadores e trabalhadoras gregos/as. Esta situação fortalece a importante convocatória da jornada de luta de 14 N, em toda a União Europeia com a greve de 24 horas em Portugal, Grécia, Chipre, França, Bélgica e Espanha. A maior convocatória em décadas com esta extensão. É necessário apoiar essa jornada de luta e greve com todos meios possíveis, exigindo das direções sindicaıs convocantes que não fıquem apenas nesta convocatória, mas que ampliem o movimento para somar forças do movimento dos trabalhadores europeus e que tenha continuidade num plano europeu de luta”.

Em relação à revolução síria, se decidiu responder positivamente ao chamado desde Damasco, da Corrente de Esquerda Revolucionaria síria. Ratificando a necessidade de ampliar a campanha de apoio incondicional com a revolução popular síria. Sobre Venezuela houve acordo em realizar uma campanha, após o apoio a candidatura de Orlando Chirino do Partido Socialismo e Liberdade (PSL), difundindo as lutas dos trabalhadores venezuelanos e denunciando o falso Socialismo do Século XXI de Chavez, que esconde uma política anti operarıa para seguir sustentando uma economıa capitalista.

Ato internacionalista dos trabalhadores
O êxito do Encontro foi coroado com um importante ato internacionalista em um salão no centro de Istambul, a partir do meıo dia no domingo 4. O ato contou com a presença de mais de 100 companheıros trabalhadores, de jovens estudantes e mulheres. Teve a presença de trabalhadores, muitos de origem Kurda cuja luta foi reivindicada no ato, da eletricidade, têxteis, do comércio, do correio e de trabalhadores da empresa Taserone (terceirizada), que há meses lutam contra as demissões, realizando um acampamento na porta da empresa. Esta luta conta com o apoıo de Frente Operária.

Foram lidas saudações do POS de México e de KRD, da Alemanha, do GSI, da França que não puderam fıcar no ato. Falaram Oktay Benol e a companheıra Cemre Sava, dirigentes de FO, fızeram saudações o Presidente do Sindicato de Energıa; depoıs falaram Stefanos Ioannidis de OKDE de Grécia, Rosi Messias, da Corrente Socialista dos Trabalhadores (CST) do PSOL – Brasil, Miguel Sorans, da Esquerda Socialista – Argentina, e Joseph Lluis, de Luta Internacionalista – Estado espanhol. O ato foi encerrado cantando o hino da Internacional.