MARINA SILVA NÃO FALA EM NOSSO NOME E NÃO NOS REPRESENTA

Em defesa do PSOL classista e democrático! Sobre a presença de Marina no programa do PSOL | Coordenação da CST – Corrente Interna do PSOL

1- A militância do PSOL no Rio de Janeiro foi surpreendida pela aparição de Marina Silva no programa do candidato a vereador de Jeferson Moura, do MTL. Trata-se de uma movimentação de cúpula, por fora de todas as instâncias partidárias, sem nenhum debate em nossas fileiras. É um ataque ao PSOL para beneficiar o projeto político da ex-ministra do governo Lula.

2- Marina compõe um movimento intitulado “por uma nova política” com setores empresariais, com o objetivo de formar uma nova sigla que organize sua candidatura presidencial em 2014.

3- Este movimento defende a mesma plataforma programática encabeçada por Marina nas eleições 2010, ocasião em que estava filiada ao PV e tinha como vice o dono da Natura, Guilherme Leal. Eles reivindicam a política neoliberal dos governos FHC e Lula, que segue sendo aplicada por Dilma.

4- Marina, portanto, tenta estruturar uma “terceira via” conservadora frente à falsa polarização entre PT e PSDB. Para tanto necessita enfraquecer o PSOL, como alternativa de esquerda consequente e radical. Para esse objetivo conta com auxílio de setores no interior de nosso próprio partido. O MTL, a vereadora Heloisa Helena e o Senador Randolfe encabeçam o setor que já reuniu com o movimento de Marina e que defendem uma aproximação e/ou coligação com seu futuro partido.

5- Para quem queira justificar o apoio a Marina ou a seu movimento por seu passado ambientalista, queremos lembrar que Marina foi Ministra do Meio Ambiente durante 7 anos no Governo Lula, colecionando ações de caráter anti-ambiental: a Monsanto foi beneficiada com a lei dos transgênicos, Belo Monte teve sua autorização para construção, assim como ocorreu a liberação para a transposição do Rio São Francisco, para citar apenas alguns exemplos.

6- Repudiamos o método burocrático com o qual o MTL impôs essa situação ao partido, repetindo o rolo compressor que já havia feito com relação ao tempo de TV dos candidatos proporcionais favorecendo unicamente sua própria corrente. Logicamente esse método vincula-se à velha política na capital e nas cidades do interior, com o loteamento desesperado do partido para tentar se manter no controle do aparato da organização.

7- Confiamos que a base do Partido e as centenas de novos militantes da primavera carioca saberão responder à altura, mantendo firme nosso perfil, de apoio e participação nas lutas, a solidariedade aos grevistas e o combate às empresas e empreiteiras.

Rio de Janeiro, 22 de Agosto de 2011.

Corrente Socialista dos Trabalhadores – CST/PSOL