Todo apoio à greve dos Professores!

Construir um comando nacional de mobilizações e greves estudantis! | Juventude Vamos à Luta!

A greve dos professores já foi deflagrada em 39 universidades do país. Nos próximos dias outras dezenas deverão realizar suas assembleias e deverão deflagrar greve seguindo o calendário do ANDES-SN. Os técnicos-administrativos, comandados pela FASUBRA, já realizaram paralisações, uma marcha nacional e podem entrar em greve ainda esse semestre.
Essa greve é um movimento de resistência dos docentes pelo seu plano de carreira, suas pautas salariais, condições de trabalho e em defesa da qualidade das universidades. Além disso, reflete a insatisfação contra o descumprimento do acordo assinado ano passado com a categoria. Apoiamos a greve por que ela é o instrumento para questionar a política econômica do Governo Dilma e os rumos do país.
O mesmo país onde Carlinhos Cachoeira define a pauta e aprova os projetos que quer no Congresso Nacional; onde o deputado Vaccrezza do PT informa por SMS para o Governador do Rio, Sérgio Cabral, que “Não tem problema, você é nosso e nós somos ´teu`; que constrói Belo Monte passando por cima de ribeirinhos e indígenas devastando o meio ambiente; é o país que encara a educação como algo secundário. A política educacional de Lula e Dilma precarizou as universidades e aprofundou a privatização do ensino superior. O ensino privado não para de crescer e hoje cerca de 80% dos universitários tem que pagar mensalidades. Ao mesmo tempo a política econômica à serviço dos mercados continua cortando verbas do ensino público. Tudo isso é visto no dia-a-dia na ausência de infraestrutura, na minguada assistência estudantil, na escassez de atividades de pesquisa e extensão. Por isso há espaço para realizar assembleias estudantis que votem o total apoio à greve dos docentes. Há possibilidade de organizar comandos de mobilização que formulem pautas discentes para cobrar das reitorias melhorias concretas para cada realidade. E mais, podemos seguir os exemplos da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, onde uma assembleia estudantil com mais de 800 estudantes deflagrou greve, da federal de Uberlândia onde outra massiva assembleia estudantil aprovou paralisação e indicou greve dos estudantes para os próximos dias. Em Ouro Preto professores e estudantes estão dando uma aula de unidade e combatividade e ontem tomaram as ruas com cerca de mil pessoas! Na UNIRIO o CEB organizou um calendário de mobilização e haverá uma assembleia geral dos estudantes, sendo que em vários cursos se votou apoio à greve do ANDES-SN e indicativos de Greve Estudantil.
Enquanto isso a União Nacional dos Estudantes – UNE, talvez com trauma pela queda do seu ex-presidente e dirigente do PCdoB, Orlando Silva, parece viver em outro país. Estão realizando uma caravana pelas universidades totalmente desfocados da real situação do ensino superior e da juventude brasileira. A UNE dos “cara pintadas”, de uma juventude livre e indignada deu lugar a burocratas governistas por conta da política da sua direção majoritária (PCdoB/PT).
Por isso mesmo temos que valorizar os novos ativistas, dos quais fazemos parte, que surgem nessas lutas de agora e que desde as ocupações de reitoria do ano passado tem dado seu recado. São os mesmos que participaram do “Dia do Basta” contra a corrupção, que impulsionam a campanha do “#VetaTudoDilma”, que estão fazendo inúmeras intervenções pelo direito à memória e por uma Comissão da Verdade que não comece com uma mentira como esta estatal. São os mesmos que foram às ruas no início do ano contra os aumentos nas tarifas de transporte.
Trata-se de um novo momento político e toda uma nova geração está empolgada e consciente para construir outra educação para o país. A tendência é que mais e mais greves sejam deflagradas.
Temos que nacionalizar estes fatos para podermos fazer a maior pressão possível no governo federal. Com muito trabalho de base e construindo poderosas mobilizações locais temos que impulsionar ações unitárias que levem nossas pautas até o Palácio do Planalto.
O exemplo da juventude Chilena, dos Indignados espanhóis, dos grevistas Gregos que voltaram a ocupar as ruas, tem que ser seguido por nós em todas as universidades para construirmos um forte e vitorioso movimento! VAMOS A LUTA EM DEFESA DA UNIVERSIDADE PÚBLICA!