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Durante os dias 9 e 10 de maio, os operários de São José dos Campos e região participaram da eleição da diretoria do sindicato dos Químicos. A CHAPA 1 – UNIDOS PRA LUTAR, apoiada por quase toda a esquerda nacional, obteve 1626 votos (73,9%). A chapa de oposição, ligada ao RH da Johnson e da Monsanto e apoiada pela central sindical do PSTU, a CSP Conlutas, registrou 574 votos (26,1%). Sem dúvida uma eleição que se transformou em um divisor de águas para o sindicalismo classista internacional.

"Os trabalhadores decidiram que querem manter o seu Sindicato na luta, sem atrelamento com os patrões ou sob as ordens de partidos e centrais que se unem ao RH de multinacionais para demitir dirigentes sindicais. A base escolheu quem luta! Os oportunistas que tentaram destruir o trabalho do Sindicato saíram derrotados mais uma vez! E o nosso muito obrigado a grande união da esquerda que se formou para derrotar este ataque ao Sindicato. Nosso agradecimento a todos que não se enganaram com discursos ensaiados e as calúnias da oposição pelega para confundir e dar um verniz de luta à chapa montada pela Johnson. Seguimos firmes na luta com quem é de luta!" declarou Wellington Cabral, uma das principais lideranças da categoria.

Para Davi Junior, operário da Johnson, "os verdadeiros vencedores são os trabalhadores, porque defenderam seu sindicato, mostraram para empresa que eles querem um sindicato de luta e repudiaram a oposição que chamava a greve de tumulto".

Todo o processo foi acompanhado pela INTERSINDICAL, TLS, MES, PSOL, PCB, Químicos Unificados, Sindicatos que compõem o Fórum de Lutas do Vale do Paraíba (Alimentação, Condutores, Vidreiros, Servidores de Jacareí e São Sebastião, Sindsaae e SindMinérios), FETQUIM, Químicos do ABC e de Jundiaí, SINTUFF, SINTSEP-PA, inúmeras sub-sedes da APEOESP e sindicatos de servidores municipais, Correios de São José do Rio Preto, oposição Metalúrgica de Niterói, diretores de Metroviários de São Paulo e Sinsprev, além de outros dirigentes sindicais e políticos do país. Um amplo setor que esteve desde o início ao lado da Chapa 1 por acompanhar as lutas da categoria nos últimos anos, consolidando uma unidade histórica como há tempos não se via ao redor de nenhuma eleição sindical.

Do ponto de vista internacional a Chapa 1 obteve o apoio de importantes dirigentes e entidades latino-americanas. Da Venezuela, destaca-se Orlando Chirino da CCURA e da FADESS e José Bodas da FUTPV. Da Bolívia, Carlos Rojas, ex-presidente da FEJUVE – El Alto e Eliseo Mamani Secretario Executivo da Federação dos Professores de Educação Rural de La Paz. Da Argentina, Rubén “Pollo” Sobrero (Comissão de Delegados TBA-Sarmiento) e Liliana Olivero – Deputada Nacional. Além disso, a Unidade Internacional dos Trabalhadores (Quarta Internacional) esteve empenhada na organização de uma campanha de solidariedade.

Nosso site acompanhou todo o processo eleitoral e em breve publicará a avaliação oficial elaborada pela Chapa 1.