Mais de 10 mil vão as ruas de Porto Alegre contra a homofobia
Mini Parada do Orgulho GLBT | Franco
No último domingo, dia 28/06/09, aconteceu a “Mini Parada do Orgulho GLBT”, manifestação pública construída pelo grupo Desobedeça que tomou as ruas do parque da Redenção, tradicional ponto de convivência de Porto Alegre. A MINI PARADA do DESOBEDEÇA é uma manifestação diferente, pois ao contrário da grande maioria das Paradas do Orgulho e dos grupos que as organizam, o Desobedeça não aceita dinheiro de governos, patrões e ou donos de bares e boates. Essa independência financeira do Desobedeça, dos governos e dos patrões, na realidade se transforma em uma independência política do movimento sendo o único a tecer diversas críticas ao Governo Lula.
Todos os grupos que aceitam dinheiro dos governos e dos patrões acabaram transformando suas Paradas do Orgulho não mais em dias de luta contra a homofobia mas sim em carnavais fora de época, em festas onde boates, lojas e hotéis anunciam os seus produtos. Para o DESOBEDEÇA seus verdadeiros parceiros são os movimentos sociais, os sindicatos, os Grêmios estudantis, os DCEs, como o DCE da UFRGS e as centrais combativas como a CONLUTAS.
A MINI PARADA desse ano ficou marcada pelo repúdio a onde de violência que foi desencadeada por grupos de ultra direita homofóbica na parada do orgulho GLBT de SP,em que mais de 20 ficaram feridos com atentado a bomba e Marcelo Campos Barros foi espancado até a morte.Um destacado ativista do movimento GLBT também foi assinado em Curitiba.O DESOBEDEÇA fez um minuto de silêncio em homenagem as vítimas.
Roberto um dos coordenadores do Desobedeça e presidente do DA de Direito da UniRitter/Canoas ressaltou: "Nenhuma lei nesse país nos reconhece enquanto GLBTs, nenhuma lei nesse país reconhece a homofobia. O presidente Lula ao invés de defender o corrupto Sarney, deveria estar preocupado com a escalada de assassinatos de homossexuais no país.".A mini parada terminou na porta do Centro Comercial Nova Olaria, onde a juventude GLBT e pobre tem sido vítima de reiteradas manifestações de preconceito por parte da polícia do governo Yeda.
Quarenta anos depois do Levante de Stonewall, uma rebelião dos homossexuais e travestis contra os constantes ataques policiais, que ocorreu em Nova York e entrou para a história, a lição que nos fica é que a única maneira de acabarmos com a violência, o preconceito e a homofobia é com muitas lutas, paradas do orgulho e manifestações.