O Pará e a Amazônia não precisam de um Bolsonaro
Bolsonaro protagonizou mais um discurso de ódio. A presença do pré candidato a presidência da República no município de marabá foi mais uma vez marcado por declarações absurdas e indefensáveis. No estado que lidera as mortes no campo decorrentes de “conflitos” agrários ( leia-se execuções e massacres ordenados pelo agronegócio), Bolsonaro defendeu os responsáveis pela morte de 19 sem-terras no que ficou conhecido como massacre de eldorado do Carajás. Além disso Bolsonaro garantiu que se eleito vai reduzir a atuação do Ibama , da PF e de outros órgão fiscalizadores na região: “direitos humanos uma pipoca!”. Em Português claro Bolsonaro prometeu carta branca para o desmatamento, a grilagem de terra, a atuação de pistoleiros, o trabalho escravo e a perseguição aos trabalhadores do campo, reduzindo a já insuficiente presença do Estado.
Reafirmando sua política entreguista para a Amazônia já expressa em outros momentos.
Bolsonaro não defende os direitos dos policiais. Muito pelo contrario
Infelizmente o discurso de Bolsonaro acaba tendo entrada na categoria dos policias , uma categoria que amarga baixos salários e condições muito periculosa de trabalho. Abandonados pelo estado muitos desses trabalhadores são ganhos para o discurso de ódio da extrema direita: de que o problema está em “Não pode matar” ” nos direitos humanos ” . Quando na verdade o problema está na ausência desses direitos tanto para a população em especial a negra e pobre como para os próprios policiais.
Bolsonaro não defende essa categoria
Bolsonaro defende a propriedade privada, o latifúndio, os grandes traficantes de drogas. Defende uma polícia a serviço dos mais ricos onde os policiai-a são meros peões descartáveis. Tanto é verdade que seus longos anos como deputado ( alguns deles como base aliada do governo petista) não houve projeto nenhum em defesa desta categoria. Só para comparar , em seu curto mandato de 1 ano e meio, a vereadora do psol/RJ marielle franco , executada em marco deste ano, fez muito mais pelos policiais e suas famílias do que o deputado em décadas de mandato.
Por um programa de esquerda para Amazônia..
A candidatura e o programa defendido por Bolsonaro deve ser combatida pelos trabalhadores da cidade e do campo nas urnas e principalmente nas lutas. É preciso reafirmar um programa de defesa da Amazônia e dos povos que nela habitam, populações ribeirinhas, quilombolas e indígenas, trabalhadores rurais, defender seus rios e suas florestas contra a o agronegócio e as mineradoras.
Trata-se de um tema divisor de águas mostrando de que lado estar cada um dos candidatos a presidência: Bolsonaro defende matar camponeses, MDB de Temer e tucanato tem se empenhado em aprovar leis que liberalizam o desmatamento e a privatização da região, a “comunista” Manuela Davila recentemente reivindicou a política desenvolvimentista do regime militar na região ( que foi responsável pelo massacre de indígenas e cujos grandes projetos sempre excluíram os povos locais ), e o PT que governou por treze anos de mãos dadas com o agronegócio foi responsável pela construção criminosa da UhE de Belo monte em altamira.
E preciso abraçar as pautas defesa da Amazônia e de seus povos sem rabo preso com agronegócio, empreiteira e mineradoras.